By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: CORREIO BRAZILIENSE – Imagem: Divulgação
Em audiência realizada na quarta-feira (8/3), no
Tribunal de Justiça do DF e dos Territórios (TJDFT), o professor foi
indiciado pelo crime previsto no Artigo 232 do Estatuto da Criança e do
Adolescente (ECA), em que a pena é de seis a dois anos de detenção para
quem submeter criança ou adolescente, sob sua autoridade, a vexame ou
constrangimento. Entretanto, os promotores ofereceram a possibilidade
dele pegar R$ 900 para uma instituição beneficente, que será escolhida
pelo MPDFT. Caso ele não cumpra a medida, o juiz extinguirá o feito, e
Jordenes não poderá receber o mesmo benefício nos próximos cinco anos se
vier a se envolver em novo delito.
Apesar
do processo criminal, Jordenes ainda ocupa cargo na mesma instituição,
mas, desta vez, como diretor. De acordo com a Secretaria de Educação, em
novembro de 2016, ele participou da eleição e venceu a disputa. A pasta
informou, ainda, que ele responde a um processo administrativa
disciplinar. Se ficar provado que o professor cometeu excessos, será
aplicada uma punição, que varia de suspensão de até 90 dias à perda do
cargo.
Versão do acusado
O
caso ganhou repercussão após o vídeo que mostra o garoto escondendo o
rosto em sala de aula cair nas redes sociais. O perfil do educador no
Facebook foi bombardeado de críticas. Em sua defesa, o profissional
detalhou à polícia que o aluno foi abordado em virtude da indisciplina e
não pela ausência ou tipo de calçado que usava.
Ele relatou, ainda, que os alunos saíram para almoçar e que, na volta
para a sala de aula, ele viu o estudante em questão chutando uma bola de
papel e fita crepe "promovendo uma algazarra e instigando os demais".
Jordenes disse ter percebido que o garoto estava descalço assim que o
advertiu. Como, na versão do vice-diretor, o menino não parou de fazer
bagunça, ele decidiu recolher os chinelos do estudante e recomendou que
ele fosse à sua sala para que conversassem e ele devolvesse o calçado.
Na ocorrência, o professor teria detalhado que "o aluno não quis ir à
direção pegar as sandálias e que voltou para a sala de aula descalço".
A
mãe do adolescente disse, à época, que a criança sentia vergonha de ir à
escola após o episódio. Ela lamentou o caso e disse esperar que, após o
desrespeito, situações semelhantes venham à tona. "Eu estava em casa
quando o conselho tutelar chegou com o meu filho, relatou o acontecido e
me levou para a delegacia. Lá, ele (o menino) contou que o vice-diretor
tomou as sandálias dele e o fez caminhar, descalço, pelo corredor",
relatou a dona de casa.
Ainda
segundo a mulher, o menino pediu os chinelos de volta, mas Jordenes não
o teria levado a sério. "Ele vai com essa sandália de vez em quando.
Ninguém nunca disse que era proibido. Fiquei com raiva do que aconteceu.
A escola tem meu telefone, mas foi preciso um conselheiro vir aqui em
casa para eu tomar conhecimento do ocorrido. Eu nunca tive reclamação do
meu filho. Ele nunca repetiu de ano e tem boas notas", desabafou.
MATÉRIA RELACIONADA:
OS COMENTÁRIOS NÃO SÃO DE
RESPONSABILIDADES DO INTERVALO DA
NOTICIAS. OS COMENTÁRIOS IRÃO PARA ANALISE E SÓ SERÃO PUBLICADOS SE TIVEREM
OS NOMES COMPLETOS.
FOTOS PODERÃO SER USADAS MEDIANTE
AUTORIZAÇÃO OU CITAR A FONTE
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.