By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: Jornal do Comércio – Imagem: Divulgação
Em nota, o Ministério da Agricultura informa que o Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sipoa-RS) encaminhou na sexta-feira documento ao Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul solicitando que sejam adotadas novas medidas de investigação. O Ministério da Justiça também foi comunicado e a expectativa é de que seja analisado pedido de recall dos produtos já comercializados, conforme prevê o Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/90).
Ainda conforme a nota do Ministério, o posto de refrigeração de Vila Flores, que pertence à Cooperativa Piá, foi interditado pelo Serviço de Inspeção Federal no dia 15 de julho em razão da detecção de álcool etílico em amostra de leite cru refrigerado. “Por não ser um constituinte normal da composição do leite cru refrigerado, a presença dessa substância no leite é considerada fraude, pois mascara a adição de água. O posto retornou às atividades no dia 21 do mesmo mês, após implantar ações corretivas para garantir o restabelecimento das condições de controle necessárias ao funcionamento do estabelecimento.”
Segundo informações da rastreabilidade apresentadas pelo posto de Vila Flores, o lote do leite do qual foi coletada a amostra que havia sido remetido à sede da cooperativa, no município de Nova Petrópolis, foi utilizado na fabricação dos produtos da marca Piá: o requeijão light 200g e o leite UHT integral. O Ministério da Agricultura aguarda o julgamento do caso.
O gerente de Marketing da Piá, Tiago Haugg, afirma que os controles de qualidade internos da empresa e de laboratório externo não apontaram problemas nos produtos. O dirigente acrescenta que, quando o grupo foi comunicado, iniciou o recolhimento dos lotes. Os produtos desses lotes que ainda estiverem no mercado ou nas mãos dos consumidores poderão ser trocados.
Haugg reforça que uma das entregas feitas no posto de Vila Flores, o Ministério da Agricultura alegou a presença da substância indevida, antes de passar pelo processo industrial e se transformar no produto final. “Só que não existe problema (com o lote de produtos), a gente ainda está questionando essa questão, mas nós estamos obedecendo à determinação do ministério”, diz.
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