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INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 – Imagem: DivulgaçãoO ministro da Educação, Camilo Santana afirmou nesta terça-feira (4)
que decidiu suspender o cronograma de implementação do Novo Ensino
Médio.
Camilo fez o anúncio durante entrevista em Brasília. Ele afirmou que
vai assinar nesta terça uma portaria prevendo a suspensão.
"Hoje estou assinando uma portaria – já na segunda-feira eu tinha anunciado na imprensa em entrevista que dei – que nós vamos suspender a portaria 521, que aplica o cronograma de aplicação do Novo Ensino Médio", afirmou o ministro.
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"Principalmente, por causa do Enem. Porque o Novo Ensino Médio previa
que em 2024 nós tivéssemos um novo Enem. Como há ainda esse novo
processo de discussão, nós vamos suspender essa portaria para que, a
partir dessa finalização dessa discussão, a gente possa tomar as
decisões em relação ao Ensino Médio", completou Camilo Santana.
A portaria 521 de 13 de julho de 2021, que será suspensa, foi publicada
no governo Jair Bolsonaro e estabelece prazos para que políticas
nacionais (como a de distribuição de livros didáticos a escolas
públicas) e avaliações, como o Enem e o Sistema de Avaliação da Educação
Básica (Saeb), sejam modificadas pelas diretrizes do Novo Ensino Médio.
Na avaliação do titular do MEC ,
não houve um debate aprofundado sobre a implementação do Novo Ensino
Médio e a gestão anterior da pasta foi "omissa" em relação ao tema.
Camilo Santana ressaltou que a medida anunciada nesta terça não
interfere no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano. Ele também
afirmou que as escolas que começaram a implementar o Novo Ensino Médio
vão continuar com o processo.
"Nós vamos apenas suspender as questões que vão definir um novo Enem em
2024 por 60 dias.
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E vamos ampliar a discussão. O ideal é que, num
processo democrático, a gente possa escutar a todos. Principalmente,
quem tá lá na ponta, que são os alunos, os professores e aqueles que
executam a política, que são os estados", declarou o ministro.
O Novo Ensino Médio
Proposto pelo ex-presidente Michel Temer, o Novo Ensino Médio foi aprovado pelo Congresso em 2017.
É um novo modelo obrigatório a ser seguido no ensino médio por todas as escolas do país, públicas e privadas.
A lei estipula aumento progressivo da carga horária. Antes, no modelo
anterior, eram, no mínimo, 800 horas-aula por ano (total de 2.400 no
ensino médio inteiro). No novo modelo, a carga deve chegar a 3.000 horas
ao final dos três anos.
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A partir deste ano, cada estudante passou a poder montar seu próprio
ensino médio, escolhendo as áreas (os chamados "itinerários formativos")
nas quais se aprofundará.
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