O PDT oficializou, na tarde de hoje (20), a
candidatura de Ciro Gomes para a Presidência da República. Essa será a
quarta vez que Ciro tentará assumir o posto de presidente. Nas últimas
eleições, em 2018, ele ficou em terceiro lugar, com pouco mais de 13
milhões de votos, 12,47% do eleitorado. Ciro também concorreu à
Presidência nas eleições de 1998 e 2002.
“Eu quero unir o país em torno de um novo projeto”,
disse Ciro, em seu discurso na convenção do partido, citando seu livro,
que funciona como um documento do seu projeto de governo. “Tenho
trabalhado nesse projeto há anos. Com o projeto nacional de
desenvolvimento, nós vamos vencer inúmeros desafios”. Ele propôs uma
reforma tributária que corrigiria desigualdades, para que os mais ricos
paguem, proporcionalmente, mais impostos que os pobres.
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Ciro Gomes também criticou as propostas de
privatização da Petrobras e defendeu o fim da atual política de preços
da estatal, que atrela ao valor do dólar o preço do combustível vendido
no país. Ele defendeu ainda o fim do teto de gastos, um limite incluído
na Constituição para as despesas da União. “Vai ser revogado nas
primeiras horas do nosso possível governo”, disse. Para Ciro, o teto de
gastos é uma medida “arbitrária e elitista” por “cortar apenas os
investimentos na vida do povo e deixar intactos os juros pagos aos
banqueiros”.
O PDT ainda não definiu o candidato a
vice-presidente. Essa escolha ficará a cargo da Executiva Nacional do
partido, conforme decidido na convenção nacional de hoje. O partido tem
até o dia 15 de agosto para registrar a candidatura. Como não tem
alianças formais com outros partidos, o PDT pode ter que fazer como em
2018 e lançar uma “chapa puro-sangue”. Na ocasião, a candidata a vice
foi a senadora Kátia Abreu, na época no PDT.
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Natural de Pindamonhangaba (SP), Ciro Gomes
construiu a carreira política no Ceará, onde foi prefeito de Fortaleza,
eleito em 1988, e governador do estado, eleito em 1990. Renunciou ao
cargo de governador, em 1994, para assumir o Ministério da Fazenda, no
governo Itamar Franco (1992-1994), por indicação do PSDB, seu partido na
época. Ciro foi ministro da Integração Nacional de 2003 a 2006, no
governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Deixou a
Esplanada dos Ministérios para concorrer a deputado federal e foi
eleito. Também exerceu dois mandatos de deputado estadual no Ceará. Tem
64 anos e quatro filhos.
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