By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 – Imagem: Adriano Machado
O presidente Jair Bolsonaro voltou a afirmar, em entrevista nesta
terça-feira (17) para a rádio Tupi, que vê “histeria” em relação ao novo
coronavírus e criticou medidas para evitar aglomerações adotadas por
governadores para conter o avanço do vírus no país. Para Bolsonaro, as
medidas “vão prejudicar muito a economia”.
Bolsonaro deu as declarações no dia em que fez o segundo teste para ver se foi infectado pelo coronavírus - o primeiro exame, segundo o presidente, teve resultado negativo.
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Nesta terça, o Brasil passou dos 300 casos de pessoas com Covid-19 (a doença causada pelo coronavírus) e o país registrou a primeira morte de pessoa infectada, conforme informou o governo de São Paulo.
Na entrevista, Bolsonaro foi questionado sobre a economia do país.
Segundo ele, a economia “estava indo bem”, porém a pandemia do novo
coronavírus provocou “uma certa histeria”.
“Olha, a economia estava indo bem, fizemos algumas reformas, os números
bem demonstravam taxa de juros lá embaixo, o risco, a confiança no
Brasil, a questão de risco Brasil também. Então, estava indo bem. Esse
vírus trouxe uma certa histeria”, disse.
“Tem alguns governadores, no meu entender, eu posso até estar errado, mas estão tomando medidas que vão prejudicar em muito a nossa economia”, afirmou o presidente.
Bolsonaro afirmou que o transporte público em cidades como Rio e São Paulo está “lotado”.
Bolsonaro também criticou o fechamento, por tempo indeterminado, da
Feira de São Cristóvão, no Rio de Janeiro. Segundo a feira, a ação
cumpriu “determinação do prefeito Marcello Crivella, que decidiu
abranger a determinação de não aglomeração para todos equipamentos
culturais da Prefeitura do Rio de Janeiro”.
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O presidente voltou a mostrar discordância com a suspensão de partidas
de futebol, adotada pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e por
algumas federações estaduais, a exemplo do que já ocorreu com ligas
europeias.
Para o presidente, sem os jogos, alguns trabalhadores ficarão sem fonte
renda, o que terá impacto na saúde dos mesmos, que ficarão mais
propensos a complicações pela Covid-19.
Questionado se o Brasil está preparado para enfrentar a pandemia do
novo coronavírus, Bolsonaro afirmou que o Brasil teria de encarar a
situação, mas considera errado o que classifica como “histeria”.
“O que está acontecendo. Nós íamos passar por isso. Começou na China,
foi para outros países da Europa e iríamos passa por isso. Agora, o que
está errado é a histeria, como se fosse o fim do mundo”, declarou.
De acordo com Bolsonaro, o país “estará livre” do novo coronavírus no
momento em que “um certo número de pessoas forem infectados e criarem
anticorpos”, o que serviria de “barreira para não infectar quem não foi
infectado ainda”.
Segundo o presidente, o avanço da pandemia precisa ser diluído para que
as pessoas sejam infectadas ao longo de seis a oito meses.
“Como está vindo, ela tem que ser diluída, em vez de uma parte da
população ser infectada em um período de dois, três meses, e vai ser,
que seja entre seis, sete, oito meses”, disse.
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