quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

Entidades repudiam fala de Guedes sobre servidor público ser um 'parasita'


By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: JORNAL EXTRA Imagem: Divulgação

A polêmica fala do ministro da Economia Paulo Guedes, que comparou, na manhã desta sexta-feira (dia 7), os servidores públicos a "parasitas" que querem reajustes automáticos repercutiu negativamente entre as diversas entidades desses trabalhadores. Os sindicatos e associações divulgaram notas de repúdio ao ministro.
Confira algumas declarações:
Unafisco Nacional: A Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal repudia veementemente as declarações do Sr. Paulo Guedes, Ministro da Economia, que comparou os servidores públicos a parasitas. Se partilhássemos da descompostura do Ministro, poderíamos compará-lo a um serviçal do mercado, que promove a falência do Estado em detrimento do povo brasileiro. Falta não só elegância ao ministro Guedes, como patriotismo.
A Unafisco rechaça com toda veemência e indignação tal classificação rasa e generalizada, porque os auditores fiscais da Receita Federal exercem com orgulho e lisura suas atribuições sempre buscando a justiça fiscal e a proteção da economia nacional , seja na fiscalização e arrecadação dos tributos internos, seja na fiscalização do fluxo de nosso comércio internacional e de nossas fronteiras. O assédio institucional que vem sendo praticado pelo Sr. Paulo Guedes em relação aos servidores públicos já ultrapassa os limites legais e merece reação à altura.
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Sindicatodos Servidores das Justiças Federais no Estado do Rio (Sisejufe): A direção do Sisejufe repudia veementemente a declaração do ministro da Economia, Paulo Guedes, que comparou funcionários públicos a “parasitas” ao comentar as reformas administrativas pretendidas pelo governo Bolsonaro. Guedes criticou o reajuste anual dos salários dos servidores que, segundo ele, já têm como privilégio a estabilidade no emprego e “aposentadoria generosa”. Quando diz: “O hospedeiro está morrendo, o cara virou um parasita, o dinheiro não chega no povo e ele quer aumento automático”, o ministro, além de fazer um comentário desrespeitoso, incompatível ao cargo, demonstra má-fé e desconhecimento quanto à realidade do funcionalismo público. Para que existisse o “aumento automático”, a Constituição deveria ser respeitada pelo Governo, com a previsão de uma data-base. O que não acontece atualmente. Hoje, para um servidor ter reajuste de salário precisa ter um Projeto de Lei que passe no Congresso e seja sancionado.
Sindicato dos Profissionais da Educação do Estado do Rio de Janeiro (Sepe/RJ): Na tarde dessa sexta, dia 07, o ministro da economia Paulo Guedes atacou os servidores com a grosseria que lhe é costumeira. Na verdade, reproduziu uma visão de mundo deturpada, preconceituosa e estreita que compartilha com os demais integrantes do governo. Ele chamou os servidores de “parasitas”; fez comparações salariais esdrúxulas, sem pé nem cabeça, de servidores no Brasil com os salários de servidores de outros países. Os ataques foram feitos em uma palestra na Fundação Getúlio Vargas, repleta de empresários. O ministro, ao invés de atacar gratuitamente os servidores, deveria cuidar melhor da economia brasileira, que se mantém com mais de 12 milhões de desempregados, 41 milhões de trabalhadores informais e 7 milhões de subocupados – números explosivos e terríveis que comprovam a desastrosa política econômica de Guedes/Bolsonaro.

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