By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 – Imagem: Divulgação
De acordo com a nota divulgada pela prefeitura neste sábado (13), a
Vigilância Sanitária foi até o estabelecimento nesta semana e, durante a
vistoria, foi verificado que as exigências previstas no Código
Sanitário do Município não estariam sendo atendidas.
Ainda de acordo com a prefeitura, o estabelecimento foi autuado e tem
até 15 dias para recorrer e apresentar justificativa. Se isso não for
feito, ou os argumentos forem indeferidos, o estabelecimento pode ser
multado e interditado.
Em nota, o Mc Donald’s disse que tem como compromisso promover
ambientes inclusivos e de respeito em seus restaurantes e, por isso,
"adotou cabines individuais e de uso independente para que todas as
pessoas se sintam bem-vindas e possam utilizá-las com conforto e
privacidade".
Na nota, a empresa reforça que "está em contato com as autoridades
locais para manter suas unidades de acordo com as orientações
determinadas por elas."
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Nesta sexta-feira (12), um vídeo com críticas de uma moradora ao banheiro viralizou nas redes sociais.
Na gravação, a mulher diz que a unidade do MC Donald's é comunista ao
implantar banheiro "multigênero". O assunto se tornou um dos mais
comentados do dia no Twitter
"Eu não admito isso na minha cidade. Não quero usar banheiro com homem,
sou contra isso. Eu não aceito. Quero que todos os vereadores de Bauru
deem um jeito nisso. Cada cidade cuide da sua cidade, vigiem os
banheiros públicos, de restaurantes. Quero que todos vigiem. É um
absurdo. Criança usa o mesmo banheiro. É o comunismo na cidade de Bauru.
Uma vergonha", afirma.
As imagens causaram polêmica e dividiram opiniões dos internautas. "Na
casa dela os banheiros são separados pra homem, mulher e criança
também?, afirmou um.
"Ela é até surtadinha. Mas eu também não quero usar banheiro com homens não", comentou uma mulher.
Antes dessa repercussão, dois vereadores da cidade já tinham se
manifestado contra o banheiro. Após sessão de segunda-feira (8) da
Câmara, eles estiveram no local fizeram a gravação de um vídeo com
críticas ao estabelecimento.
Na postagem, o vereador Eduardo Borgo (PSL) comenta que o banheiro
serve de pretexto para a não-binariedade. O vereador Serginho Brum, logo
em seguida, se manifesta e diz que ficou constrangido.
“Daqui a pouco vira moda isso daí e nossas mulheres e crianças vão ser
obrigadas a dividir o banheiro com homens, todos misturados”, diz no
vídeo.
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Projeto de lei
Ao g1,
Eduardo Borgo salienta que, a princípio, pensa em protocolar um projeto
de lei que proíba banheiros “multigêneros” em locais públicos. “Estou
buscando se há algo na legislação, por enquanto não encontrei nada, mas,
penso em apresentar o projeto de lei para regulamentar a proibição”,
ressalta.
Além disso, Eduardo conta que recebeu várias reclamações e comentários
de pessoas que foram ao fast food e se incomodaram com o banheiro,
alegando questões de higiene.
“Principalmente mulheres reclamam bastante porque o homem urina em pé, e
a mulher precisa sentar na mesma tampa que pode conter respingos. Fomos
até o local, tiramos a foto e fizemos o vídeo para mostrar o descaso”,
diz.
Para ele, o maior motivo do descontentamento está relacionado com a
inclusão de banheiro unissex que causa confusão na cabeça das crianças,
que entendem que existem banheiros femininos e masculinos separados, e
abre precedentes para banheiros coletivos.
Além disso, Taylise comenta que o uso de banheiros por transgêneros, de
acordo com o gênero que estes se identificam, encontra amparo nos
direitos da personalidade e na dignidade da pessoa humana, previstos na
Constituição Federal.
Ela ainda salienta que na defesa do estado democrático de direito e de
uma sociedade plural e diversa, não é admissível que as instituições
reproduzam discriminação e comportamentos de um grupo dominante sobre
uma minoria.
Taylise também reforça que no Supremo Tribunal Federal (STF) a
discussão foi debatida e que os municípios que visavam “a censura no
debate sobre identidade de gênero e orientação nas escolas, tiveram a
sua inconstitucionalidade declarada pela nossa Corte Suprema”.
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