By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 – Imagem: Divulgação De imediato, as pessoas que se conectarem na rede irão experimentar uma velocidade maior para baixar e enviar arquivos pelo celular e menos atraso em videochamadas.
Isso porque o 5G pode ser até 100 vezes mais rápido do que as conexões 4G e terá a chamada baixa latência (um tempo mínimo de resposta, responsável pelo "delay" que acontece em ligações).
A tecnologia nem sempre vai atingir suas velocidades absolutas, mas a melhora deve ser significativa.
A evolução da rede vai permitir conectar muitos objetos à internet ao
mesmo tempo: celular, carro, semáforo, relógio. Tudo isso já pode ser
ligado ao 4G, mas é esperada uma melhoria para que tudo funcione de
forma mais estável.
Novas possibilidades
As melhorias de velocidade, tempo de resposta e confiança na rede prometem abrir um leque de aplicações.
Cirurgias feitas remotamente, por exemplo, terão mais chances de acontecer quando a rede oferecer um tempo de resposta mínimo.
Continua
depois da publicidade
O mesmo vale para os carros autônomos, que ainda estão em testes.
Atualmente, os veículos que andam sem motorista processam muitas
informações sem depender da internet.
Se todos os veículos puderem se conectar à rede, eles conseguirão
trocar informações entre si e "terceirizar" o processamento de
informações para data centers remotos.
O tempo de resposta do 4G ainda não é veloz o suficiente para fazer
tudo isso, além de não suportar tantos dispositivos conectados ao mesmo
tempo.
O 5G pode revolucionar o próprio smartphone, já que as altas
velocidades permitiriam que muitas tarefas deixassem de ser processadas
no chip do aparelho e passassem a acontecer na nuvem, pegando emprestado
a potência dos computadores.
O mesmo pode acontecer com acessórios médicos, como pulseiras e relógios conectados.
Em termos práticos e do dia-dia, as videochamadas devem se tornar mais
claras, a experiência de jogos on-line também deve ser aprimorada, as
transmissões de vídeo ao vivo devem travar menos e perder sinal em meio a
uma multidão será mais raro.
Além disso, será necessário uma adaptação de equipamentos: as
operadoras precisam instalar antenas e as pessoas terão que comprar
aparelhos compatíveis com a rede.
Do 3G para o 4G…
Wilson Cardoso, membro do Instituto dos Engenheiros Eletricistas e
Eletrônicos (IEEE) e diretor de soluções da Nokia na América Latina,
lembra de usos da internet que passaram a ser possíveis com o 4G e faz
um paralelo com a novidade.
"Não tínhamos Uber no 3G porque as características que o Uber pede, de
localização, de velocidade, não estavam disponíveis. Essas aplicações
surgiram com as redes 4G espalhadas. Quando tivermos o 5G espalhado,
teremos sensores e novas aplicações", afirmou ao g1 em março passado.
Continua
depois da publicidade
Hoje, com o 4G, publicamos stories e TikToks em questão de segundos e
conseguimos assistir a uma série no Globoplay no ônibus, na sala de
espera… As redes sociais conquistaram o seu espaço junto com o avanço da velocidade da internet.
O 5G chegará primeiro para consolidar essas mudanças e aparar algumas
arestas – as transmissões ao vivo ainda travam em alguns casos, e isso
deve mudar com a nova rede.
Depois, a rede deve permitir o surgimentos de novidades. O metaverso, nova obsessão do dono do Facebook, Mark Zuberberg, só será possível com uma internet veloz e confiável – além das outras aplicações já mencionadas.
O 5G substituir a internet fixa?
Não.
O 5G é muito potente e promete velocidades maiores até do que as que
temos em casa, mas a tendência é que a rede móvel sirva como um
complemento, da mesma forma que acontece hoje.
Para conectar o seu computador, lâmpadas, aspiradores de pó,
geladeiras, entre dezenas de outras coisas, o Wi-Fi ainda será a ponte
principal para a internet.
O 5G é a rede móvel, para aquelas coisas que precisam se conectar à internet enquanto estão em movimento.
Para Eduardo Tude, presidente da Teleco, empresa de consultoria de
telecomunicações, a internet vai evoluir também. A necessidade de se
instalar mais cabos de fibra óptica nas cidades para atender as demandas
de conectividade pode acelerar toda a infraestrutura.
"Para o 5G oferecer a velocidade, é preciso também chegar com a fibra óptica na antena", explica.
Continua
depois da publicidade
As operadoras geralmente não oferecem acesso exclusivo a um tipo de tecnologia de rede, mas cobram pela franquia de dados utilizada. Quanto mais se navega, mais se paga.
As empresas ainda não definiram se haverá reajustes nos preços em seus
pacotes, pois ainda vão levar meses até que a tecnologia esteja
disponível.
A potência do 5G será melhor aproveitada se os dados ficarem mais
baratos – carregar um vídeo em resolução 4K vai ser muito mais rápido,
mas uma hora de transmissão nessa qualidade consome cerca de 7 GB de
dados, enquanto em 720p (HD) o consumo fica perto de 1 GB.
Para Marina Pita, coordenadora-executiva do Intervozes, entidade que acompanha o debate sobre a implementação do 5G no Brasil, ainda não há expectativa de redução no preço da internet.
Apesar disso, os dados mostram que a internet ficou mais barata ao longo dos últimos anos.
Não há um levantamento oficial da Agência Nacional das Telecomunicações (Anatel)
com o histórico de preços para a conexão móvel, mas existe para a banda
larga fixa – o que ajuda a pintar um quadro geral do acesso à internet
no Brasil.
Segundo a agência, o valor médio por 1 megabit por segundo (Mbps) da
banda larga fixa era de R$ 21,18 em 2010 e passou para R$ 3,50 em 2019 –
redução de 83%. Entretanto, há um longo caminho a percorrer.
Para muitos brasileiros, as opções mais atrativas são os planos que não
consomem dados ao acessar determinados aplicativos, como o WhatsApp – o
que limita a experiência da web como um todo.
Continua
depois da publicidade
O acesso inicial ao 5G deve ficar concentrado nas maiores cidades do
país e em regiões mais ricas – isso porque as operadoras devem instalar
as antenas em bairros com uma demanda maior da conexão, e a tecnologia
ainda é compatível com poucos celulares (que geralmente custam mais).
O edital que vai permitir que as operadoras explorem a rede
comercialmente prevê, no entanto, lotes regionais, vistos como um meio
ampliar a concorrência para além das grandes operadoras e, assim,
garantir que mais regiões tenham conexão de qualidade.
As empresas que vencerem os lotes regionais terão que instalar antenas
5G em municípios com menos de 30 mil habitantes até o final de 2029.
A expectativa é que as operadoras regionais contribuam para levar
internet a cidades menores, que nem sempre são tão atrativas para as
grandes companhias.
CURTA AQUI NOSSA PÁGINA NO FACEBOOK
OS COMENTÁRIOS NÃO SÃO DE RESPONSABILIDADES DO INTERVALO DA NOTICIAS. OS COMENTÁRIOS IRÃO PARA ANALISE E SÓ SERÃO PUBLICADOS SE TIVEREM OS NOMES COMPLETOS.
FOTOS PODERÃO SER USADAS MEDIANTE AUTORIZAÇÃO OU CITAR A FONTE
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.