By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: METROPOLES – Imagem: Divulgação
A pacata cidade de Bento Gonçalves, a 121 quilômetros de Porto Alegre,
foi sacudida, na manhã de ontem, pela notícia de que agentes federais
prenderam um funcionário do Hotel Spa do Vinho, onde o presidente Jair
Bolsonaro era esperado hoje.Eduardo Lazzari, cozinheiro do hotel, tão
logo soube que cozinharia para Bolsonaro, escreveu nas redes sociais:
“Vou ter que cozinhar para este diabo ainda, que raiva”. Foi o que
bastou para ser preso e o evento, no hotel, cancelado por razões de
segurança.
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Mais tarde, depois de depor e
de ser liberado, ele pediu desculpas públicas pela reclamação que fez,
saiu das redes sociais, mas já era tarde. A dona do hotel, que mora em
Santa Catarina, está a caminho de Bento Gonçalves. Lazzari foi suspenso
por três dias.
Na internet, o post do
cozinheiro bombou. E, na Câmara, o deputado bolsonarista Bilbo Nunes
(PSL-RG) subiu à tribuna para denunciar, com ar grave, uma “ameaça de
morte a Bolsonaro”, atribuindo-a a “um numeroso grupo de pessoas”.
Bolsonaro
está no Rio Grande do Sul para participar, amanhã, de mais uma passeata
de motociclistas que defendem sua reeleição. Neste momento, visita a
Vinícola Miolo, em Bento Gonçalves. Agentes federais investigam autores
de comentários nas redes.
Um deles, também de Bento Gonçalves, de nome Evandro Prezzi, escreveu a propósito da reclamação do cozinheiro:
– Ah, se eu fosse o cozinheiro!
Outro comentarista acrescentou:
– Testa se ele é imorrível.
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