By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: Portal Terra – Imagem: Divulgação
Quem ia ver o Sport na Ilha do Retiro não deixava de notar a presença
do folclórico torcedor. Com a corneta afiada e o enorme rádio colado à
orelha, Zé era um marcador implacável dos técnicos adversários.
Tornou-se símbolo da torcida e ganhou o apelido de “torcedor mais chato
do mundo", inclusive entrando no Livro dos Recordes.
De acordo com a nota de falecimento divulgada pelo Real Hospital
Português de Beneficência, Ivaldo Firmino dos Santos, o Zé do Rádio, deu
entrada no hospital na madrugada desta quinta em parada
cardiorrespiratória. Foi reanimado e internado na Unidade de Recuperação
Cardiotorácica, teve nova parada, mas não respondeu aos
procedimentos dos médicos e morreu às 10h30 (de Brasília).
Zé do Rádio já havia passado por transplante do coração há 13 anos. O
ilustre torcedor era portador de diabetes, tinha hipertensão e sofria
com problemas renais crônicos. O corpo será velado hoje no cemitério
Parque das Flores, no Recife, mesmo local do sepultamento previsto para
esta sexta. A diretoria do Sport Club Recife prepara homenagens a um de
seus mais ilustres torcedores.
Homenagem
Em nota publicada em seu site oficial, o Sport Club Recife demonstrou
sua gratidão com os anos de dedicação de um dos torcedores mais ilustres
do clube, como definiu a relação de Zé do Rádio com a paixão
rubro-negra. Confira a nota:
Na manhã desta quinta-feira (21), o Sport perdeu um de seus mais
célebres torcedores. Ivaldo Firmino dos Santos, mais conhecido como Zé
do Rádio, não resistiu à uma parada cardiorrespiratória e faleceu no
Hospital Real Português. Ele carregava com muito orgulho o título de
torcedor mais chato do mundo. Alcunha estampada até no Guinness Book, em
2006. Com o tradicional rádio em cima do ombro - e no último volume -,
um dos seus primeiros "alvos" foi Zagallo, em 1999. Comandando o time da
Portuguesa, o ex-técnico da Seleção viu seu time perder para o Sport
por 1 a 0 e ainda precisou aguentar as provocações de Zé.
Ainda irritado, Zagallo reclamou do "torcedor chato" na televisão,
sendo o suficiente para tornar Zé do Rádio conhecido nacionalmente.
Depois de Zagallo, inúmeros técnicos seriam importunados pelo som do
inseparável xodó de Zé: um General Eletric de 1961, que capturava oito
faixas. De tão querido, Zé do Rádio recebeu diversas homenagens durante
os 69 anos vividos, entre elas um boneco gigante que desfila todos os
anos no Carnaval de Olinda.
Em 2002, ele precisou se submeter a um transplante de coração, depois
de passar cinco meses na fila de espera. Ao conhecer o pai de quem doara
o órgão para ele, teve uma surpresa: o doador era alvirrubro. Mas nada
abalou o que ele sentia pelo Sport e, 10 anos depois, ele participou da
campanha de doação de órgãos do rubro-negro, o "Torcedor Doador". "O
coração novo aumentou minha paixão pelo Sport", era o que dizia pelas
bandas da Ilha do Retiro depois do transplante.
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