By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: A Rede – Imagem: Divulgação
Promotoria de Proteção ao Patrimônio Público
abre procedimento preliminar para apurar desvios em recursos arrecadados
através do Programa Mercado da Família
A Promotoria de Proteção
ao Patrimônio Público abriu um procedimento para apurar os desvios nos
caixas do Programa Mercado da Família. Com base em reportagens do Jornal
da Manhã, o Ministério Público do Paraná (MP) instaurou uma notícia de
fato – processo preliminar ao inquérito civil – no dia 23 de janeiro e
requisitou informações sobre o esquema à Prefeitura de Ponta Grossa.Sem obter respostas dentro do prazo estabelecido, o MP vai realizar novas notificações ao Governo Municipal nos próximos dias para dar andamento à investigação. Entre os documentos solicitados, o MP cobra uma cópia da sindicância interna da Prefeitura.
Ao contrário da informação divulgada pelo governo na semana passada, o parecer da Procuradoria Geral do Município ainda não foi encaminhado à Promotoria. “Vimos a reportagem sobre o caso e aberta uma notícia de fato, solicitando informações à Prefeitura. Mas não recebemos nada no município sobre os desvios”, informou a assessoria do MP.
Embora a sindicância ainda siga em sigilo, informações de bastidores dão conta que dois servidores comissionados da Secretaria de Abastecimento teriam envolvimento direto no esquema, que teria movimentado ilegalmente R$ 728 mil do Mercado da Família. Segundo a versão do ex-secretário de Abastecimento, Sérgio Zadorosny, os recursos teriam sido roubados dos caixas nas unidades do programa municipal. A denúncia foi feita por Zadorosny em dezembro de 2014, após a Secretaria identificar sucessivas quebras nos caixas dos mercados. Com a conclusão da sindicância, na semana passada, o governo determinou o afastamento do secretário por tempo indeterminado.
Governo reajustou quebra de caixa para cobrir danos
Os desvios dos recursos arrecadados com o Programa Mercado da Família geraram instabilidade financeira na Secretaria de Abastecimento. Com os sucessivos prejuízos nos caixas da unidade, decorrentes do desvio de R$ 728 mil, a diretoria da pasta solicitou um aumento de 5% para 20% no valor da quebra de caixa aos 35 atendentes do Mercado. Na mensagem encaminhada a Zadorosny, a cúpula do Abastecimento pede que a gratificação por quebra de caixa seja reajustada em mais de 300%. “Nós diretores concordamos que como são pessoas que trabalham diretamente com o público e com o dinheiro público merecem esse reconhecimento pelo bom tratamento à população”, afirmam. Datada de 17 de abril de 2014, a solicitação é assinada pelos diretores afastados da pasta em dezembro e janeiro. O reajuste superior a 300% no benefício foi aprovado em setembro do ano passado pela Câmara Municipal e elevou o quebra de caixa de R$ 63,80 para R$ 255,21. Segundo levantamentos da Controladoria, o aumento gerou um impacto superior a R$ 100 mil por ano.
Denúncia altera cúpula
Além do afastamento de Zadorosny, a denúncia sobre o desvio de dinheiro do Mercado da Família resultou na exoneração de uma série de cargos de confiança da Secretaria de Abastecimento. Ainda no início de dezembro, quando o caso veio a público, o diretor financeiro da pasta, Marcio Ribeiro Ferreira – o ‘Chokito’, e o diretor de Abastecimento, Robson Lendzion, foram exonerados. Na última quinta-feira, o Governo Municipal publicou o ato de exoneração da diretoria do Mercado da Família, Andressa Aparecida Sadoski. Na tarde de ontem, o prefeito Marcelo Rangel (PPS) nomeou o presidente da Agência Reguladora de Águas e Saneamento (ARAS) para substituir Zadorsny frente à Secretaria de Abastecimento.
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