By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: Paulo Henrique Sava (Rádio Najuá) – Imagem: Paulo Henrique Sava
Caminhoneiros de Irati e região fecharam as BR’s 277 e 153, no
trevo principal de acesso a Irati na tarde desta terça-feira, 24. Eles
se uniram ao protesto nacional que já fechou trechos de rodovias em sete
estados brasileiros.
Entre as principais
reivindicações, estão a redução do preço dos combustíveis e do pedágio e
o reajuste no valor do frete pago aos caminhoneiros. A manifestação
ocorre de forma pacífica. Carros, ônibus, vans, ambulâncias e motos têm
passagem livre pelo local.
A reportagem da
Najuá conversou com Gregory Perucelli, coordenador do movimento em
Irati. Ele reclama do preço do frete pago aos caminhoneiros.
“Tudo
sobe de preço, menos o frete, que continua na mesma situação. O
transporte do Brasil está falido, e nós precisamos do apoio de todos
para ver se nós conseguimos endireitar este país”, comentou.
O caminhoneiro Mário Luis Konopka também conversou com a reportagem
da Najuá. Ele relatou que trabalha há mais de 10 anos na estrada e que,
apesar de tudo que o caminhoneiro faz, ele não é devidamente
reconhecido.
“Você só não depende do
caminhoneiro para o ar que respira, no mais para tudo que há dentro da
sua casa você depende de um caminhoneiro”, comentou.
Mário
comenta que, para sobreviver na situação atual, o caminhoneiro precisa
dobrar a sua jornada de trabalho. “Aí você vai ter a fadiga do corpo,
que não vai agüentar, é complicado”, ressaltou.
O
caminhoneiro comenta que gasta uma média mensal de R$2 mil reais em
combustíveis e pedágios, sem contar os gastos com manutenção do
caminhão.
“O pedágio é caro, o combustível é
caro, e se você parar em um posto para tomar banho, não tem estrutura. É
só você sentindo na pele tudo isso aí para ver a dificuldade que o
caminhoneiro atravessa”, comenta.
Em entrevista
a Najuá, Valério, caminhoneiro que entregaria uma carga de vacinas em
Guarapuava, disse que as autoridades precisam dar mais valor à classe.
“Nós
não existimos para eles, que têm que dar mais valor para a nossa
categoria. Eles estão aumentando tudo e o motorista está ficando para
trás. Já faz tempo que a gente vem pagando para trabalhar. Nós
precisamos fazer isso e queremos o apoio de todos”, comentou.
A
Polícia Rodoviária Federal esteve no local com o objetivo de orientar
os motoristas quanto ao procedimento que os motoristas devem tomar para
seguir viagem, principalmente no sentido Curitiba – Guarapuav, segundo o
policial rodoviário Yuri.
“Eles devem fazer a
alça por baixo do viaduto do trevo, mas já foi conversado com as
lideranças do protesto para evitar confusão e atritos entre os
manifestantes e os usuários da rodovia e o protesto está transcorrendo
dentro da normalidade”, comentou.
Até o
fechamento desta reportagem, não havia nenhuma informação sobre quando o
tráfego de caminhões seria liberado nas duas rodovias.
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