terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Em protesto, caminhoneiros fecham rodovias em Irati



By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: Paulo Henrique Sava (Rádio Najuá) Imagem: Paulo Henrique Sava 


Caminhoneiros de Irati e região fecharam as BR’s 277 e 153, no trevo principal de acesso a Irati na tarde desta terça-feira, 24. Eles se uniram ao protesto nacional que já fechou trechos de rodovias em sete estados brasileiros.
Entre as principais reivindicações, estão a redução do preço dos combustíveis e do pedágio e o reajuste no valor do frete pago aos caminhoneiros.  A manifestação ocorre de forma pacífica. Carros, ônibus, vans, ambulâncias e motos têm passagem livre pelo local. 
A reportagem da Najuá conversou com Gregory Perucelli, coordenador do movimento em Irati. Ele reclama do preço do frete pago aos caminhoneiros. 
“Tudo sobe de preço, menos o frete, que continua na mesma situação. O transporte do Brasil está falido, e nós precisamos do apoio de todos para ver se nós conseguimos endireitar este país”, comentou.
O caminhoneiro Mário Luis Konopka também conversou com a reportagem da Najuá. Ele relatou que trabalha há mais de 10 anos na estrada e que, apesar de tudo que o caminhoneiro faz, ele não é devidamente reconhecido.
“Você só não depende do caminhoneiro para o ar que respira, no mais para tudo que há dentro da sua casa você depende de um caminhoneiro”, comentou.
Mário comenta que, para sobreviver na situação atual, o caminhoneiro precisa dobrar a sua jornada de trabalho. “Aí você vai ter a fadiga do corpo, que não vai agüentar, é complicado”, ressaltou.
O caminhoneiro comenta que gasta uma média mensal de R$2 mil reais em combustíveis e pedágios, sem contar os gastos com manutenção do caminhão.
“O pedágio é caro, o combustível é caro, e se você parar em um posto para tomar banho, não tem estrutura. É só você sentindo na pele tudo isso aí para ver a dificuldade que o caminhoneiro atravessa”, comenta.
Em entrevista a Najuá, Valério, caminhoneiro que entregaria uma carga de vacinas em Guarapuava, disse que as autoridades precisam dar mais valor à classe. 
“Nós não existimos para eles, que têm que dar mais valor para a nossa categoria. Eles estão aumentando tudo e o motorista está ficando para trás. Já faz tempo que a gente vem pagando para trabalhar. Nós precisamos fazer isso e queremos o apoio de todos”, comentou.
A Polícia Rodoviária Federal esteve no local com o objetivo de orientar os motoristas quanto ao procedimento que os motoristas devem tomar para seguir viagem, principalmente no sentido Curitiba – Guarapuav, segundo o policial rodoviário Yuri.
“Eles devem fazer a alça por baixo do viaduto do trevo, mas já foi conversado com as lideranças do protesto para evitar confusão e atritos entre os manifestantes e os usuários da rodovia e o protesto está transcorrendo dentro da normalidade”, comentou.
Até o fechamento desta reportagem, não havia nenhuma informação sobre quando o tráfego de caminhões seria liberado nas duas rodovias.
 
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