By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: Bianca Nascimento (MDA)
As
famílias produtoras de leite no Paraná começam o ano com novas perspectivas.
Durante os próximos
dois anos, a pecuária leiteira de 23 municípios do Norte Pioneiro, como
Wenceslau Braz, Arapoti e Quatiguá, cidades referência na produção de leite no
estado, irão receber diversas ações para melhoria da qualidade do produto,
aumento da produtividade e capacitação de produtores e técnicos da área.
A iniciativa faz parte do Projeto
de Suporte das Ações de Desenvolvimento da Pecuária Leiteira Familiar, do
Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e do Instituto Paranaense de
Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater/PR). Cerca de R$ 976 mil serão
destinados para a produção de leite no Paraná. Com o apoio, mais de 179 agricultores familiares que produzem leite serão
beneficiados diretamente.
O Secretário
da Agricultura Familiar do MDA, Valter Bianchini, explica que esse projeto faz
parte de um plano maior que visa melhorar a produção de leite por todo Brasil. “O
Paraná é um dos principais produtores de leite. A melhoria dessa produção vai
beneficiar dezenas de famílias, inclusive em áreas mais pobres do Norte do
estado, que podem fazer do leite uma fonte de renda produtiva”, explica. “Vamos,
junto com o Emater, investir em insumos necessários para pesquisas que visem o
aumento de produtividade, gere mais renda e melhore a qualidade do leite no
estado”.
Investimentos e
produção
O plano de trabalho do projeto tem como objetivo investir na
infraestrutura e na capacitação de pessoas. “Vamos melhorar a
atividade leiteira na região Norte Pioneiro e comprar novos equipamentos e
máquinas. Também vamos implantar unidades demonstrativas de produção de leite”,
explica o técnico e engenheiro agrônomo do Emater/PR, Sidney
Barros Monteiro.
As
unidades de referência típicas de produtores familiares serão desenvolvidas com
novas técnicas e tecnologias. Elas servirão como fonte de informação para mais
de mil agricultores que serão beneficiados indiretamente pelo projeto. Para a capacitação
de produtores e técnicos, serão realizados cursos, excursões, encontros e
seminários, pesquisas e parcerias institucionais.
Além
disso, a produção do leite terá foco em qualidade. Junto com a adequação das
salas de ordenha, serão disponibilizados kits de ordenha higiênica. Com essas
melhorias na estrutura física e operacional, o produtor poderá garantir um
produto ainda mais adequado e rentável no mercado.
Produção no Paraná
Atualmente, segundo dados do
Emater-PR, a região do Norte Pioneiro produz cerca de 350
mil litros de leite por dia. São cinco mil produtores e cada um produz por dia
cerca de 60 litros. Só em 2011, a produção chegou a 3,9 bilhões litros, segundo
dados do o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A maior
parte desta produção é consumida no próprio estado e o excedente é vendido para
outros estados, como São Paulo. Ainda segundo o Instituto, o Paraná é o
terceiro maior produtor de leite no Brasil, atrás de Minas Gerais (1°) e Rio Grande
do Sul (2°).
Os agricultores paranaenses
comemoraram com a novidade dos novos investimentos. Izaía Otaviano, 69, é um
deles. Ele produz leite há mais de 15 anos. Começou ordenhando uma vaca
holandesa, que na época, foi comprada com todas as economias que tinha. Depois
que começou o negócio, o produtor passou a utilizar as linhas de crédito
oferecidas pelo governo para melhorar sua produção.
Otaviano acredita que investimentos
como esse são importantes também para atrair novos trabalhadores. “Toda
melhoria é bem-vinda. Essa ajuda facilita nosso trabalho e assim, fica mais
fácil atrair mão de obra para a produção de leite”, explica. Através dos
recursos, ele está construindo um espaço de ordenha de vacas.
Políticos
paranaenses que já atuaram na defesa da agricultura do Paraná reconhecem a
importância de incentivos do governo federal para a economia do estado. Luciana
Rafagnin (PT), deputada estadual do Paraná, acredita que estes incentivos
beneficiam não só produtores, mas também consumidores. “Os agricultores ganham
com qualidade de vida e melhoria na renda familiar, e toda a população que
compra alimentos de maior qualidade”, avalia. “Desde que o PT chegou ao governo
federal, os programas que ajudam no crescimento da agricultura familiar são
frequentes porque os trabalhadores do campo passaram a ser muito mais
valorizados”, completa.
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