By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: George Cardim (Rádio Senado)
O texto com 543 artigos em discussão na Comissão Especial do Código
Penal traz novidades e inclui na legislação os crimes de terrorismo,
bullying e jogo do bicho. Também propõe mudanças em temas polêmicos,
como aborto, eutanásia, homofobia e drogas. A audiência pública para
discutir os pontos controversos e os principais avanços da proposta
dividiu a opinião de especialistas. O ex-ministro da Justiça Miguel
Reale Júnior apontou vários pontos nos quais considera as penas
previstas desproporcionais aos crimes praticados. Entre eles, o perdão
judicial para casos de eutanásia, a punição de até 4 anos para quem
assistir briga de galos e a pena mínima de um mês de prisão para quem
negar socorro a criança abandonada.
Este
projeto apresenta impropriedades de tamanha grandeza que podem se
constituir inclusive em objeto de vergonha internacional. É o que eu
digo e repito. Desculpem-me os membros da Comissão elaboradora que aqui
estão, mas é um passeio pelo absurdo.
O procurador da
República e relator do anteprojeto do novo Código Penal entregue ao
Senado, Luiz Gonçalves, defendeu o trabalho feito pela Comissão de
Juristas. Ele disse que as críticas feitas pelo ex-ministro são
bem-vindas, mas representam uma pequena parte do projeto, que ainda deve
ser aperfeiçoado.
O professor Miguel Reale
Júnior acabou de fazer uma exposição do Direito Penal brasileiros dos
anos 80, pré-constituição de 88. Mas não me embaraçam de nenhuma maneira
estas observações, estas críticas que são de conteúdo. Nós vivemos em
uma democracia e isto é maravilhoso.
Os senadores elogiaram o debate e lembraram que a Comissão já recebeu mais de 30 mil propostas e críticas apresentadas pela população. O relator, senador Pedro Taques, do PDT de Mato Grosso, disse que a discussão busca corrigir omissões e eliminar possíveis erros.
Anotei todas as críticas. Agora com toda humildade, professor Miguel Reale, nós precisamos de um novo Código. E este projeto apresentado pela Comissão Especial de Juristas, ele deve sim ser discutido pela sociedade brasileira.
Os senadores elogiaram o debate e lembraram que a Comissão já recebeu mais de 30 mil propostas e críticas apresentadas pela população. O relator, senador Pedro Taques, do PDT de Mato Grosso, disse que a discussão busca corrigir omissões e eliminar possíveis erros.
Anotei todas as críticas. Agora com toda humildade, professor Miguel Reale, nós precisamos de um novo Código. E este projeto apresentado pela Comissão Especial de Juristas, ele deve sim ser discutido pela sociedade brasileira.
Neste semestre, a Comissão
Especial do Código Penal vai promover uma série de reuniões públicas nos
estados para colher sugestões da população e ouvir juristas e
entidades. O colegiado deve concluir a votação do relatório final até
junho.
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