By: INTERVALO DA
NOTICIAS
O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado)
apresentou na manhã desta quarta-feira, 10, uma parte do material
apreendido na Operação Highlander. Através da ação, desencadeada na
segunda-feira, 8, foram apreendidos diversos materiais com indícios de
crimes eleitorais praticados pelo candidato a vereador Samuel da Silva
Pinto, o Samuca.
Entre os documentos apreendidos, estão fichas e anotações diversas.
Para o Gaeco, essas fichas funcionariam como um pré-cadastro para o
transporte de eleitores no dia da eleição. Anotadas de forma precária,
nelas constam o nome do eleitor, o endereço, telefone e, no campo
reservado para observações, a palavra asfalto para caracterizar o acesso
aos domicílios.
“Há agendas e anotações dispersas. Inclusive, apreendemos fotocópias de
RG, CPF e título de eleitor em uma residência onde cumprimos mandado de
busca e apreensão. Eram pessoas relacionadas como potenciais eleitores
para o transporte no domingo da eleição”, conta a coordenadora do Núcleo
do Gaeco Guarapuava, Elaine Munhoz Gonçalves Rodrigues.
As fichas seriam confeccionadas em regiões da cidade, como Jardim das
Américas, Colibri e São Vicente, durante a campanha. Nelas, estariam as
informações dos moradores, incluindo a autorização para o transporte do
eleitor ou não até o local de votação. O Gaeco está na fase final da investigação, iniciada 30 dias antes do
pleito. O material apreendido está sendo entregue ao Ministério Público
Eleitoral para que seja aberta uma Aije (ação de investigação judicial
eleitoral). Se houver decisão desfavorável a Samuca, ele pode tornar-se
inelegível para os próximos oito anos. Caso isso aconteça, ele não
poderá assumir uma cadeira na Câmara de Vereadores numa eventualidade,
já que é segundo suplente pela coligação Unidade com Responsabilidade
(PPS-DEM), ao obter 1.069 votos – 24º mais votado.
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