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INTERVALO DA NOTICIAS
A Prefeitura de Maringá multou a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) em R$ 13,8 milhões por crime ambiental. Segundo a Secretaria do Meio Ambiente (Sema),
o tratamento de esgoto da companhia foi insuficiente e não evitou que
produtos químicos e biológicos afetassem três ribeirões da região: o Morangueira, o Mandacaru e o Pinguim.O secretario municipal do Meio Ambiente,
José Miguel Grillo, informou que o processo de fiscalização que culminou na multa começou em 2006, após denúncias de moradores de Maringá. Para ele, a situação é considerada grave, já que os ribeirões Morangueira e Mandacaru desembocam na Bacia do Pirapó, enquanto o ribeirão Pinguim desemboca no Rio Ivaí. Em março fizemos uma análise, pagamos laboratório independente e os
índices [de poluição] estavam acima dos [anos] anteriores”, explicou
Grillo. Ele acrescentou que, de acordo com a análise, os índices de
poluição estavam entre 100% e 1.800% acima do tolerado. “Fizemos a
contraprova em julho deste ano, um mês seco, quando não há interferência
por fatores sazonais, como chuvas, e tivemos a comprovação.” Segundo a engenheira química da secretaria, Andréa Soares Zola de Almeida,
durante as análises dos ribeirões foi observado quantidades acima do
normal de coliformes fecais e ausência de oxigênio. “Com isso a vida
aquática é quase impossível”, explicou.
Sanepar questiona método, dados e valor de multa
Em nota enviada à imprensa, a
Sanepar disse que a
Prefeitura não informou a forma de coleta, transporte e acondicionamento
das amostras coletadas. Segundo a empresa, isso pode influenciar no
resultado das análises.Além disso, a Sanepar comenta que as análises não
informam o dano efetivo causado pelos efluentes das estações de
tratamento e que a forma de cálculo da multa excede o critério de
proporcionalidade.
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