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INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1/PR – Imagem: Divulgação
Hoje ela tem 26 anos e contou ao g1 como encontrou forças para, durante o tratamento, ajudar milhares de mulheres.
Desde 2020 ela organiza arrecadações de cabelos para fabricar perucas destinadas a mulheres em tratamento da doença.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o Brasil registrou
66.280 casos de câncer de mama em 2020. No Paraná, são 3.470 registros
para o mesmo período, sendo 570 deles em Curitiba.
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Samara conta que um dos desafios ao longo do tratamento foi a realização das sessões de quimioterapia.
“O desafio maior foi quando o meu cabelo começou a cair. A partir daí,
eu comecei a me dar conta de que realmente estava passando por um
tratamento difícil de acreditar.”
Apesar das dificuldades, a jovem conta que encarou a doença como uma
aliada e que precisava passar por isso de cabeça erguida. A rede de
apoio, afirma, foi fundamental no processo.
“Eu tive o apoio do meu namorado, que inclusive foi quem raspou o meu
cabelo e ele também raspou o dele, além do apoio da minha família, que
foi algo muito essencial nesse processo. Eu me senti muito segura
sabendo que tinha toda essa rede de apoio.”
Samara afirma que, por mais que seja um processo doloroso, é possível tirar coisas boas dele. Campanha ‘Rapunzel Solidária'
Durante o tratamento, Samara encontrou uma forma de ajudar mulheres que também conviviam com o câncer de mama.
Inspirada na Legião Feminina de Combate ao Câncer do Hospital do Cancer Uopeccan, de Umuarama, no norte Paraná, ela resolveu tornar o salão de beleza que possui um espaço para compartilhar solidariedade.
Em 2020, a jovem organizou a primeira edição da campanha “Rapunzel
Solidária”.
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O objetivo foi receber doações de cabelos para confecção de
perucas para pacientes do hospital onde iniciou o tratamento.
“Depois que eu passei por esse processo, eu decidi que eu poderia ajudar
de alguma forma, chegar até outras mulheres por meio da ação e melhorar
a autoestima delas”, comenta.
O evento foi um sucesso e recebeu centenas de doações, que ajudaram no
processo de reconstrução da autoestima de outras paciente.
“Eu não esperava que fosse reunir tantas mulheres com vontade de querer
ajudar outras, principalmente crianças indo lá. Foi tão gratificante”,
relata.
A cura
Após oito meses do diagnóstico, a jovem recebeu o resultado de que estava curada do câncer.
“Fiquei muito feliz em saber que de alguma forma eu passei por tudo isso
com a minha melhor versão. Hoje eu me considero uma pessoa muito mais
evoluída”, disse.
Já recuperada, em outubro de 2022 ela realizou a 3° edição da campanha e
tem planos de continuar o trabalho. A ação mobilizou dezenas de
mulheres.
“O resultado sempre vale a pena. Vou continuar com a ação todos os anos”, explicou.
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