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INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: INTERVALO DA NOTICIAS – Imagem: DivulgaçãoCom a ampliação da área de preservação ambiental do Parque Estadual
Rio da Onça, no Litoral, e do Monumento Natural Salto São João, no
Centro-Sul do Estado, o Paraná conta com mais 1.673,3 hectares de área
preservada em Unidade de Conservação (UC).
As duas ampliações foram autorizadas na sexta-feira (24) pelo
governador Ratinho Junior pelo Decretos Estaduais nº 11.488
e 11.489, e são frutos de um amplo estudo pelo corpo técnico do
Instituto Água e Terra (IAT).
“O objetivo é garantir a preservação de áreas que se constituem como
patrimônio natural de todos os paranaenses, ou seja, remanescentes de
vegetação nativa. Com isso, estamos garantindo a proteção da
biodiversidade do Estado”, disse o secretário estadual do
Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, Everton Souza.
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A maior ampliação de área condiz ao Parque Estadual Rio da Onça, que
ganhou uma área de proteção quase 14 vezes maior, passando de 118,5
hectares para 1.659,7 hectares. Já o Monumento Natural Salto São João
cresceu de 41,50 hectares para 55,07 hectares.
A área de estudo para ampliação do Parque abrange quatro lotes de
terras que atualmente pertencem ao Instituto Água e Terra. São eles:
Gleba 03, Colônia Jacarandá, município de Matinhos e áreas remanescentes
da Ambiental Paraná Florestas S. A., contíguos à Unidade de
Conservação.
O estudo técnico utilizou como principal fonte bibliográfica o Plano
de Manejo do Parque Estadual do Rio da Onça, elaborado em 2015, que já
recomendava a sua ampliação, com anexação das áreas existentes no
entorno imediato. O documento teve como base, também, o Estudo Técnico
para Ampliação e Recategorização da Floresta Estadual do Palmito, feito
em 2017.
O principal objetivo é a proteção de remanescentes de vegetação
nativa no entorno do parque, abrangendo a região que se confronta com os
limites de expansão urbana da cidade de Matinhos e balneários
adjacentes.
O estudo do IAT apontou problemas nessas regiões, como pressão
imobiliária, expansão urbana de Matinhos, corte ilegal da vegetação
nativa, bem como a caça e a pesca predatória. São situações que podem
danificar a fauna e a flora do local.
Além disso, o depósito irregular de resíduos sólidos nas áreas
urbanas resulta na contaminação dos rios que passam pelo Parque. Os
efluentes urbanos também comprometem a qualidade dos ecossistemas, que
naturalmente se interrelacionam com o regime hídrico da região.
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“As Unidades de Conservação são fundamentais para a preservação da
biodiversidade local e conservação dos recursos hídricos e belezas
naturais do nosso Estado”, afirma o diretor de Políticas Ambientais da
Sedest, Rafael Andreguetto. “A expansão do parque estimulará ainda mais a
conscientização ambiental sobre a importância da proteção da natureza
para a construção de um futuro ecologicamente sustentável para toda a
sociedade”.
O Parque Estadual do Rio da Onça foi criado em 1981, ganhando este
nome somente em 2012. Antes, a Unidade de Conservação (UC) era chamada
de Parque Florestal do Rio da Onça. A alteração no nome foi feita para
atender as determinações do Sistema Nacional de Unidades de Conservação
(SNUC).
O parque contém centro de visitantes, casa de pesquisa e cinco
trilhas ecológicas, onde os visitantes podem participar de ações de
educação ambiental e aprender sobre as principais espécies da fauna e da
flora presentes na unidade.
A visitação acontece em um circuito retangular de aproximadamente
1.500 metros. O percurso começa no Centro de Visitantes, passa por cinco
pontes e pelos rios Tiririca e Preto. No trajeto é possível contemplar
áreas de Caxetais e de Restinga, com predominância de espécies vegetais
vinculadas a ambientes úmidos.
Além do SNUC (Lei Federal Nº 9.985/2000 e Decreto Federal Nº
4.340/2002), existem outros dispositivos legais que protegem essa
região. Dentre estas, a Lei da Mata Atlântica (Lei Federal Nº
11.428/2006 e Decreto Federal Nº 6.660/2008), que regulamenta o uso e a
proteção do bioma, e o Código Florestal (Lei Federal Nº 12.651/2012),
que estabelece outras áreas protegidas, como é o caso das Áreas de
Preservação Permanente (APP); entre outras.
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O Monumento Natural Salto São João é uma UC que está inserida no
planejamento do Governo do Estado para concessão das atividades
comerciais e turísticas à iniciativa privada, dentro do projeto Parques
Paraná.
A UC fica a 22 km do Centro de Prudentópolis, no Centro-Sul, em uma
área que impressiona pela beleza cênica. No meio de uma floresta de
araucárias bem preservada, surge uma cachoeira com grande volume de
água, com uma queda de 84 metros de altura e que segue pelo Rio São
João.
O local foi criado com o objetivo de garantir a proteção integral ao
remanescente de Floresta Ombrófila Mista (Floresta de Araucárias),
flora, fauna e recursos hídricos, em especial a cachoeira e os paredões e
demais recursos ambientais protegidos e seu entorno.
O local possui estacionamento com capacidade para 54 veículos leves e
quatro ônibus, um centro de visitantes com anfiteatro, banheiros,
lanchonete e loja de artesanato. A Gestão da Unidade é compartilhada
entre o Instituto Ambiental do Paraná e a Prefeitura de Prudentópolis.
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