By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 – Imagem: Divulgação
Os governos do Brasil e dos Estados Unidos
assinaram nesta segunda-feira (10) um protocolo adicional ao Acordo de
Comércio e Cooperação Econômica bilateral (Atec), criado em 2011. A
assinatura aconteceu em cerimônia virtual e fechada.
O acordo, segundo o Ministério das Relações Exteriores, ficou inativo até 2019 – quando foi escolhido como foco da aproximação entre os presidentes Jair Bolsonaro e Donald Trump. Até agora, no entanto, não havia qualquer medida prática em vigor.
O pacote comercial é formado por temas não tarifários, relacionados à
cooperação técnica e à troca de experiências. De acordo com o material
divulgado pelo Itamaraty, o pacto inclui mecanismos de:
Continua depois da
publicidade
- facilitação de comércio e cooperação econômica;
- boas práticas regulatórias, e
- anticorrupção.
"O novo Protocolo também estabelece as bases de futuras discussões para
aprofundar e expandir os trabalhos sob o Acordo ATEC. Os dois países
buscarão identificar setores prioritários para reduções adicionais de
barreiras ao comércio sob perspectiva mais ampla afeta ao relacionamento
econômico e comercial bilateral", dizem os governos em comunicado
conjunto divulgado nesta segunda.
Impacto político
Em termos políticos, a aproximação entre Brasil e Estados Unidos é
usada como plataforma pelos presidentes dos dois países. Em setembro,
por exemplo, o governo Jair Bolsonaro renovou uma cota de importação sem taxa do etanol norte-americano (feito de milho) -- em troca, recebeu uma cota adicional para exportar açúcar.
Nos Estados Unidos, Trump está em franca campanha pela reeleição – a votação já começou e termina em menos de um mês.
As cotas de importação e exportação desses produtos afetam, por
exemplo, a relação dos governos com o setor agrário e com a indústria
petrolífera.
O Itamaraty afirmou que a assinatura do pacote comercial insere-se em
um contexto da política de comércio exterior brasileira em que o
“principal objetivo é criar um ambiente econômico favorável aos negócios
e à reinserção competitiva do Brasil na economia internacional”.
De acordo com o ministério, o governo brasileiro deseja que o pacote
forme a base de um amplo acordo comercial a ser futuramente negociado
entre os dois países.
Facilitação de comércio
O primeiro anexo trata das operações de exportação, importação e
trânsito aduaneiro de mercadorias. Os compromissos assumidos por Brasil e
Estados Unidos querem reduzir a burocracia do comércio exterior,
diminuindo prazo e custo das operações.
Segundo o Itamaraty, essas medidas contam com compromissos que alcançam
as autoridades aduaneiras e agências governamentais intervenientes no
comércio exterior. O uso de tecnologias no processamento das exportações
e importações, como a utilização de pagamentos e documentos
eletrônicos.
Continua depois da
publicidade
Há também seção destinada ao tratamento a ser conferido a produtos
agrícolas, de especial interesse do Brasil e dos Estados Unidos, grandes
exportadores nesse setor.
O documento prevê, ainda, que os países trabalharão em conjunto para a
celebração de um Acordo de Reconhecimento Mútuo dos seus Programas de
Operadores Econômicos Autorizados (OEA).
Boas práticas regulatórias
O segundo anexo faz referência a "boas práticas" regulatórias,
processos, sistemas, ferramentas e métodos reconhecidos
internacionalmente para a melhoria da qualidade da regulação.
De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, o protocolo
negociado com os Estados Unidos constitui uma importante etapa na
evolução recente de desenvolvimento e incorporação de instrumentos de
boas práticas regulatórias pelo Brasil.
O Itamaraty afirma que o texto negociado com os Estados Unidos é
“moderno e com compromissos vinculantes sobre o tema, além de prover
garantia da adoção de práticas similares em um dos principais mercados
para as exportações e investimentos brasileiros”.
Anticorrupção
Segundo o Itamaraty, o terceiro anexo reafirma esforços anticorrupção
de Brasil e Estados Unidos. A pasta não deu detalhes do texto, mas diz
que ele está “em linha com recentes iniciativas do Brasil” e “expande,
para além da esfera estritamente criminal, a atuação doméstica e a
cooperação internacional anticorrupção, ao abarcar também as esferas
civil e administrativa”.
O Itamaraty afirma ainda que o protocolo é uma evolução na tarefa de
combater, mediante a recuperação de ativos, o eixo central das operações
criminosas, seus fluxos financeiros.
CURTA AQUI NOSSA PÁGINA NO FACEBOOK
OS COMENTÁRIOS NÃO SÃO DE RESPONSABILIDADES DO INTERVALO DA NOTICIAS. OS COMENTÁRIOS IRÃO PARA ANALISE E SÓ SERÃO PUBLICADOS SE TIVEREM OS NOMES COMPLETOS.
FOTOS PODERÃO SER USADAS MEDIANTE AUTORIZAÇÃO OU CITAR A FONTE
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.