By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: BONDE NEWS – Imagem: Marcelo Camargo (Agência Brasil)
"Em 2022, eu vou estar em praça pública lutando por algo em que eu acredito", afirmou ele em entrevista ao Programa Ponto a Ponto, do canal BandNews TV.
"Se o Democratas [o DEM, partido ao qual é filiado] acreditar na mesma coisa, eu vou. Se o Democratas achar que ele quer outra coisa, eu vou procurar o meu caminho. Eu vou achar o caminho. Como candidato, ou carregando o porta-estandarte do candidato em que eu acreditar. Mas que eu vou participar ativamente das eleições, eu vou", seguiu Mandetta.
Questionado se queria dizer que participaria como candidato a presidente, ele respondeu: "A presidente, a vice-presidente".
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Em seguida, o ex-ministro lembrou que outros cargos estarão em
disputa em 2022, como o de governador, vice-governador e senador. E
descartou a possibilidade de se candidatar a deputado federal -ele já
cumpriu dois mandatos na Câmara dos Deputados.
Em seguida, Mandetta passou a falar como candidato ao criticar a polarização política no Brasil.
"Em 2022, polarização, com certeza, não. Se a gente conseguir um grande acordo, um grande caminho pelo centro democrático -não por esse centro fisiológico aí que está fazendo essa nova base de sustentação [ao governo de Jair Bolsonaro]", afirmou.
"Mas um centro bacana, que respeite as individualidades, que eu não tenha que decidir se o cara é gay, se o cara é hetero, se o cara é alto, se o cara é baixo. Você tem que respeitar as pessoas nas suas questões individuais", continuou. "E promover a revolução de uma década. Porque essa, [de] 2010 a 2020, foi jogada na lata do lixo."
Em agosto, o ex-ministro deve lançar um livro sobre a sua experiência como ministro da Saúde em meio à epidemia do novo coronavírus. Ele diz que pretende colocar o livro embaixo do braço e viajar pelo Brasil.
Em abril, Mandetta foi demitido por Bolsonaro após destacar-se na gestão da pasta durante a pandemia. Eles passaram por um longo processo de embate antes da decisão do presidente.
Na época, Bolsonaro já ignorava orientações sanitárias e criticava medidas de distanciamento tomadas por prefeituras e governos estaduais, ao contrário de Mandetta, que defendia o isolamento social.
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O médico elogiou Sergio Moro quando o ex-ministro da Justiça
deixou a pasta, uma semana depois de sua demissão. "O trabalho realizado
sempre foi técnico. Durante a epidemia trabalhamos mais próximos,
sempre pensando no bem comum. Parabéns pelo trabalho Ministro @SF_Moro. O
país agradece! Outras lutas virão!", escreveu em sua conta no Twitter.
Quando Mandetta ainda estava sob fritura no governo, a mulher do ex-juiz da Lava Jato, Rosangela Moro, saiu em sua defesa. No Instagram, ela postou uma foto acompanhada da mensagem: "Entre ciência e achismos eu fico com a ciência. Se você chega doente em um médico, se tem uma doença rara você não quer ouvir um técnico?". "In Mandetta I trust", completou. O post ficou poucos minutos no ar e foi apagado.
O programa Ponto a Ponto é comandado pelo cientista político Antonio Lavareda e pela colunista da Folha de S.Paulo Mônica Bergamo.
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