sexta-feira, 31 de julho de 2020

Após ser denunciada por vizinhos, mãe é autorizada pela prefeitura a ficar com galo e galinha dados a filho autista, em Cascavel

By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1/PR Imagem: Divulgação

O menino Marcio da Silva Junior, de 12 anos, recebeu autorização da prefeitura de Cascavel, no oeste do Paraná, para poder ficar com a galinha e o galo de estimação em casa. A mãe da criança, Adriana Carraro Neves, disse que comprou as aves porque ele é autista e os animais estavam ajudando a acalmá-lo.
A vigilância sanitária do município notificou a família, na quarta-feira (29), após receber denúncias sobre os animais e a lei municipal não autorizar esse tipo de criação na área urbana. 
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Entretanto, com a repercussão do caso nas redes sociais, o prefeito Leonaldo Paranhos (PSC) foi até a casa da criança e pediu que fosse liberada a domesticação das aves, na quinta-feira (30). 
"Graças a Deus deu tudo certo! Antes ele não saía de casa, não tomava sol, depois dos bichinhos ele passa o dia lá fora. A ajuda de todo mundo compartilhando o vídeo não tem como explicar, foi surpreendente", contou a mãe.
Segundo o prefeito, não há problema da criança cuidar dos animais, pois o quintal é adequado.
A autuação tinha como base uma lei municipal, que proíbe a criação ou conservação de animais que podem causar insalubridade ou incômodo na área urbana. A proibição permanece, mas o caso foi tratado como exceção. 
"Conversei respeitosamente com o pessoal da vigilância sanitária e não há nenhum risco, nenhum problema. É um gosto dele, ele gosta, trata com carinho, deu um nome para eles, fez um galinheiro para que eles possam dormir à noite."
Exceção
Conforme a prefeitura, o caso do Márcio foi autorizado pelo município diante da sensibilização do prefeito, que viu a importância dos animais para o menino autista. 
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Por isso, não foi embasada em parecer jurídico.
A assessoria do município explicou que a ave melhorou a vida da criança, por isso, a situação foi tratada como uma forma de terapia para o menino.
A prefeitura destaca que o caso não abrirá precedentes para a criação de animais no perímetro urbano. Esse tipo de criação continua proibido, pois o caso do Márcio foi uma questão de bom senso do prefeito e da Secretaria Municipal de Saúde. 
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