By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1/PR – Imagem: RPC
O pai de uma aluna do Colégio Estadual Eduardo Michelis, em Missal, no
oeste do Paraná, é suspeito de agredir outras duas estudantes de 11
anos. Segundo a Polícia Civil, a vítimas foram confundidas pelo homem,
que deve responder por tentativa de homicídio. Ele é considerado
foragido.
Ainda de acordo com a polícia, Ezequiel dos Santos Pereira, de 36 anos,
acreditava que as duas aparecem em um vídeo brigando com a filha dele
no colégio.
As imagens foram feitas no dia 22 de outubro e divulgadas pela Polícia Civil nesta quinta-feira (8).
O delegado Denis Zortéa Merino, responsável pelo caso, disse que duas
adolescentes foram agredidas pelo homem na segunda-feira (3). A mãe de
uma das meninas registrou um Boletim de Ocorrência (B.O.) contra o
suspeito.
"O fato é que ele ameaçou. Disse que ia matar quem se envolveu em
confusão com a filha dele. Ele foi pego ali agredindo com muita
agressividade uma das meninas.
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Se ninguém interviesse, acredito sim que
ele poderia ter levado a vítima a óbito", comentou o delegado.
Merino disse ainda que o pai recebeu pelo celular o vídeo da briga. Nas
imagens, a filha do suspeito e outras duas meninas aparecem brigando
Ainda conforme o apurado pela polícia, Pereira, que não mora em Missal,
foi até a cidade para tirar satisfação com as agressoras da filha. As
duas meninas agredidas disseram, no entanto, que estudam em turnos
diferentes e não conhecem a outra adolescente.
A direção do colégio informou que também registrou boletim de ocorrência e que suspendeu as adolescentes envolvidas na briga.
Segundo o delegado, Pereira tem passagem pela polícia e há contra ele um mandado de prisão a ser cumprido.
Até a última atualização desta matéria, o G1 tentava contato com a defesa do suspeito.
Perseguição e ameaça
Uma das meninas foi atacada em um ponto de ônibus enquanto esperava o
transporte para ir à escola, segundo a polícia. Ela disse a amigos que o
homem chegou e puxou os cabelos dela e que foi salva por vizinhos, que
impediram que ele continuasse as agressões.
No fim da tarde do mesmo dia, a outra estudante lembra que seguia com
uma amiga pela rua quando percebeu a aproximação do homem, que as
seguia. Com medo, correram na tentativa de fugir. Mas, ela tropeçou e
foi alcançada pelo agressor.
"Ele me levantou pelos cabelos, me jogou numas pedras lá e começou a
gritar comigo dizendo 'Por que você bateu na minha filha? Você acha
bonito bater na filha dos outros?'. Pedi ajuda e ele me deu tapas e
socos na boca", contou a menina.
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A mãe, que estava em casa, foi avisada por um vizinho.
Em seguida, o suspeito fugiu. Antes, dizem mãe e filha, ele as ameaçou.
"Saí correndo. Pensei que ela tinha sido atropelada. Até cruzei com ele
[o suspeito] no caminho. Ele ameaçou de voltar. Tenho medo. A gente não
sabe o que pode acontecer, né?", observou a mãe.
A adolescente agredida ainda não voltou ao colégio e se recupera em casa dos ferimentos.
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