By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: BANDA B – Imagem: Agência Senado
O ministro Alexandre de Moraes, do
Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta quarta-feira, 24, autorizar o
senador Acir Gurgacz (PDT-RO), atualmente preso na Papuda, a trabalhar de dia
no Congresso Nacional, enquanto cumpre pena de 4 anos e 6 meses de prisão em
regime semiaberto por crimes contra o sistema financeiro.
Em sua decisão, Moraes apontou que
a jurisprudência do STF permite o trabalho externo de condenados em regime
semiaberto, como é o caso do parlamentar.
“Dessa forma, não vejo óbice para
que o sentenciado possa realizar os seus trabalhos na Casa Legislativa a que
pertence, desde que observados os requisitos que deverão ser previamente
estabelecidos pelo Juízo das Execuções, ao qual deleguei a condução da presente
execução penal”, avaliou Moraes.
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“Fica, portanto, assegurado o
trabalho externo ao sentenciado, a ser exercido no Senado Federal, mediante o
cumprimento das condições e horários a serem estabelecidos e fiscalizados pelo
Juízo da Execução. Comunique-se, com urgência, à Casa Legislativa e àquele
Juízo para a adoção das medidas cabíveis e necessárias para o cumprimento desta
decisão”, determinou o ministro.
Os advogados de Gurgacz alegaram ao
STF que o senador “ocupa cargo político, de forma legítima, sendo indispensável
a sua atuação para a própria garantia da representatividade daqueles cidadãos
que o elegeram”.
“O trabalho encontra-se como meio
adequado a permitir que o apenado, ao se submeter às regras e deveres impostos
pela rotina laboral, possa por um lado se profissionalizar e, por outro,
aceitar os limites impostos pela convivência em sociedade”, sustenta a defesa
do senador.
Em manifestação encaminhada ao STF
na última quinta-feira, 18, o Senado Federal se colocou à disposição da Corte
para viabilizar a realização do trabalho externo pelo senador, pelo menos até o
plenário da Casa deliberar sobre a perda do mandato. O parlamentar tem mandato
até 2023.
“Esta Casa Legislativa possui
mecanismos que podem assegurar a efetiva fiscalização do cumprimento do aludido
trabalho externo no Senado Federal”, informou a Advocacia do Senado Federal.
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