By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 – Imagem:
O PDT confirmou em convenção nacional nesta sexta-feira (20) em
Brasília a escolha de Ciro Gomes, 60 anos, como candidato à Presidência
da República nas Eleições 2018. O ex-ministro e ex-governador do Ceará foi escolhido por
aclamação pelos filiados que participaram do evento. Ele disputará a
Presidência pela terceira vez – em 1998 e 2002 concorreu pelo PPS, mas
não chegou ao segundo turno.
Abordado por jornalistas ao chegar à sede do PDT, o candidato disse que
fala "10 horas por dia" e que "evidentemente" pode errar "aqui e ali".
"Nunca tive pretensão de ser um anjo", afirmou.
No primeiro discurso como candidato, Ciro Gomes afirmou que ninguém é
"dono da verdade" e defendeu acabar com “a cultura de ódio” que, segundo
ele, vigora no país. “Acabar com essa ideia de brasileiro contra
brasileiro se ferindo pela internet”, afirmou.
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Sem citar exemplos, ele afirmou que, se eleito, vai "perseguir" e
"encerrar" cada privilégio. "Vou olhar com uma lupa cada conta, cada
privilégio. Comigo, privilégio vai ser perseguido e encerrado, seja de
quem for", declarou. "Cada privilégio será trazido à denúncia pública",
disse. Segundo ele, a corrupção é um “câncer que rouba a crença do povo
na política”.
Na parte do discurso em que abordou temas econômicos, disse que, a
pretexto de austeridade fiscal, “essa gente quebrou o país”, sem
especificar a quem estava se referindo. “O Brasil nunca esteve tão
fragilizado nas contas públicas”, declarou.
Ele defendeu um novo “projeto nacional de desenvolvimento” com apoio à
indústria e ao comércio nacionais, que, na avaliação dele, estão
“sofrendo”.
“O Brasil é o país que mais destrói as próprias indústrias no capitalismo mundial”, acrescentou.
Propostas
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Entre as propostas que apresentou durante o discurso, o candidato do PDT manifestou intenção de:
- Gerar empregos. Para ele, a “primeira e mais urgente tarefa”;
- Aumentar a presença do governo na segurança pública;
- Reduzir a espera no atendimento na saúde, para a realização de exames;
- Investimento maciço em educação;
- Creches em tempo integral, melhoria na qualidade do ensino fundamental;
- Prosseguir e aperfeiçoar a politica de cotas;
- Combater “com dureza e intransigência” a corrupção.
“[Precisamos] acabar com a vergonha da extrema pobreza, avançar na
educação e em uma saúde que atenda a mínima dignidade do povo, apostar
na diversidade, e investir na ciência e na tecnologia”, disse o
pedetista, enumerando as prioridades caso se torne presidente do país.
Trajetória política
A eleição presidencial de 2018 será a terceira tentativa de Ciro Gomes
de chegar ao Palácio do Planalto.
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Ele concorreu nas eleições de 1998 e
de 2002 pelo PPS, mas em nenhuma das duas disputas chegou ao segundo
turno.
Ex-governador do Ceará e ex-prefeito de Fortaleza, Ciro Gomes já foi
deputado federal e está no sétimo partido desde que entrou para a
política – também foi filiado a PDS, PMDB, PSDB, PPS, PSB e PROS).
Atual vice-presidente do PDT, foi ministro da Fazenda entre setembro de
1994 e janeiro de 1995, período final do governo Itamar Franco e início
do governo Fernando Henrique Cardoso.
Advogado, Ciro também foi ministro da Integração Nacional, entre
janeiro de 2003 e março de 2006, no primeiro mandato de Luiz Inácio Lula
da Silva.
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