sexta-feira, 20 de julho de 2018

PDT confirma Ciro Gomes para disputa da Presidência; candidato diz que não é 'anjo' e que vai atacar 'privilégios'


By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 Imagem: Alessandra Modzeleski (G1)

O PDT confirmou em convenção nacional nesta sexta-feira (20) em Brasília a escolha de Ciro Gomes, 60 anos, como candidato à Presidência da República nas Eleições 2018. O ex-ministro e ex-governador do Ceará foi escolhido por aclamação pelos filiados que participaram do evento. Ele disputará a Presidência pela terceira vez – em 1998 e 2002 concorreu pelo PPS, mas não chegou ao segundo turno.
Abordado por jornalistas ao chegar à sede do PDT, o candidato disse que fala "10 horas por dia" e que "evidentemente" pode errar "aqui e ali". "Nunca tive pretensão de ser um anjo", afirmou. 
No primeiro discurso como candidato, Ciro Gomes afirmou que ninguém é "dono da verdade" e defendeu acabar com “a cultura de ódio” que, segundo ele, vigora no país. “Acabar com essa ideia de brasileiro contra brasileiro se ferindo pela internet”, afirmou. 
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Sem citar exemplos, ele afirmou que, se eleito, vai "perseguir" e "encerrar" cada privilégio. "Vou olhar com uma lupa cada conta, cada privilégio. Comigo, privilégio vai ser perseguido e encerrado, seja de quem for", declarou. "Cada privilégio será trazido à denúncia pública", disse. Segundo ele, a corrupção é um “câncer que rouba a crença do povo na política”.
Na parte do discurso em que abordou temas econômicos, disse que, a pretexto de austeridade fiscal, “essa gente quebrou o país”, sem especificar a quem estava se referindo. “O Brasil nunca esteve tão fragilizado nas contas públicas”, declarou.
Ele defendeu um novo “projeto nacional de desenvolvimento” com apoio à indústria e ao comércio nacionais, que, na avaliação dele, estão “sofrendo”.
“O Brasil é o país que mais destrói as próprias indústrias no capitalismo mundial”, acrescentou. 
Propostas
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Entre as propostas que apresentou durante o discurso, o candidato do PDT manifestou intenção de:
  • Gerar empregos. Para ele, a “primeira e mais urgente tarefa”;
  • Aumentar a presença do governo na segurança pública;
  • Reduzir a espera no atendimento na saúde, para a realização de exames;
  • Investimento maciço em educação;
  • Creches em tempo integral, melhoria na qualidade do ensino fundamental;
  • Prosseguir e aperfeiçoar a politica de cotas;
  • Combater “com dureza e intransigência” a corrupção.
“[Precisamos] acabar com a vergonha da extrema pobreza, avançar na educação e em uma saúde que atenda a mínima dignidade do povo, apostar na diversidade, e investir na ciência e na tecnologia”, disse o pedetista, enumerando as prioridades caso se torne presidente do país. 
Trajetória política
A eleição presidencial de 2018 será a terceira tentativa de Ciro Gomes de chegar ao Palácio do Planalto. 
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Ele concorreu nas eleições de 1998 e de 2002 pelo PPS, mas em nenhuma das duas disputas chegou ao segundo turno.
Ex-governador do Ceará e ex-prefeito de Fortaleza, Ciro Gomes já foi deputado federal e está no sétimo partido desde que entrou para a política – também foi filiado a PDS, PMDB, PSDB, PPS, PSB e PROS).
Atual vice-presidente do PDT, foi ministro da Fazenda entre setembro de 1994 e janeiro de 1995, período final do governo Itamar Franco e início do governo Fernando Henrique Cardoso.
Advogado, Ciro também foi ministro da Integração Nacional, entre janeiro de 2003 e março de 2006, no primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva.
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