quarta-feira, 25 de julho de 2018

Assista o depoimento do marido da advogada de Guarapuava encontrada morta após cair do prédio


By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1/PR Imagem: Divulgação


O marido da advogada Tatiane Spitzner, encontrada morta após cair da sacada de um prédio, em Guarapuava, no Paraná, Luis Felipe Manvailer, disse que perdeu o controle do carro na BR-277 porque a imagem da esposa "pulando a sacada" não saía da cabeça dele.
"Eu bati o carro porque, devido à situação, a imagem da minha esposa pulando a sacada não saía da minha cabeça", disse Manvailler. 
A declaração foi dada durante a audiência de custódia realizada nesta segunda-feira (23). O G1 teve acesso exclusivo a um trecho do depoimento.
Conforme a polícia, depois da queda, o suspeito recolheu o corpo de Tatiane e o levou de volta para o apartamento. Ele se acidentou em um trecho da BR-277 que fica distante 300 quilômetros de Guarapuava pouco tempo depois. Ainda de acordo com a polícia, tudo leva a crer que o marido estava fugindo em direção ao Paraguai. 
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Para a polícia, Luis Felipe Manvailer é suspeito do crime e teria jogado a esposa do 4º andar do prédio. Em depoimento, o marido negou ter matado Tatiane.
O advogado que defende Manvailer, Cláudio Dalledone Júnior, disse que "era um casal feliz". Ele também disse que "os fatos ainda não são claros, mas a verdade será buscada para que a justiça prevaleça". 
O corpo da advogada foi sepultado nesta segunda, no Cemitério Municipal de Guarapuava.  
Transferência
Luis Felipe deixou a Delegacia de São Miguel do Iguaçu na tarde desta terça-feira (24), com destino a Guarapuava.
Inicialmente, o professor seria transferido para o Complexo Médico-Penal (CMP), em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, após a Justiça aceitar um pedido da defesa do professor, que alegou risco à integridade física dele, se fosse transferido para Guarapuava, devido à comoção social do caso.
No entanto, nesta terça, o delegado Bruno Miranda Maciozek solicitou a transferência do suspeito para a cidade onde são realizadas as investigações, pelo menos até a conclusão do inquérito policial, que deve ser finalizado até 31 de julho.
A juíza Paola Gonçalves Mancini, da 2ª Vara Criminal de Guarapuava, atendeu ao pedido do delegado e autorizou a transferência do suspeito para a Penitenciária Industrial de Guarapuava (PIG).
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Investigações
O delegado Bruno Miranda Maciozek, responsável pela Delegacia da Mulher de Guarapuava, assumiu as investigações do caso e informou que tem um prazo de 10 dias, contado a partir de domingo, para concluir o inquérito.
Ele disse que, entre as pendências para a conclusão do inquérito, estão as conclusões de exames periciais.
O apartamento está interditado pela Polícia Civil, por precaução, caso surja alguma diligência no curso desses próximos dias que a gente entenda ser necessário realizar lá”, declarou Maciozek.
Além de feminicídio, o marido também pode responder pelo roubo do carro da mulher. 

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