By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: BANDA B – Imagem: Agência Senado
A juíza eleitoral Mayra Rocco
Stainsack devolveu ao juiz federal Sérgio Moro o inquérito que apura se o
ex-governador do Paraná e pré-candidato ao Senado, Beto Richa (PSDB), cometeu
crimes no processo de licitação para duplicação da PR-323. O caso investiga
suposto favorecimento à Odebrecht em troca de dinheiro para a campanha de
reeleição do tucano ao governo, em 2014.
Em junho, os autos foram enviados à Justiça Eleitoral por Moro, por
determinação da Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que
acolheu pedido da defesa de Richa.
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O processo de investigação corria na Corte,
mas foi para a primeira instância depois que o tucano renunciou ao cargo de
governador, em abril, para disputar as eleições.
Agora, a juíza eleitoral considerou
que “os delitos eleitorais e os de competência da Justiça Federal Comum são
autônomos e podem ser apurados separadamente, não havendo possibilidade de
decisões contraditórias justamente por serem delitos independentes, sendo
indiferente terem sido praticados, em tese, pelo mesmo agente público”.
Assim, a investigação que envolve
os crimes de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e fraude a
licitação ficarão a cargo do Juízo da Vara Federal, com Moro. No Tribunal
Eleitoral do Paraná, fica apenas a investigação de suspeita de caixa dois na
campanha. Segundo depoimentos de delatores, Richa teria recebido R$ 2,5 milhões
da Odebrecht em troca de favorecimento na licitação para duplicação da rodovia
PR-323, obra que nunca saiu do papel.
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Quando enviou os autos à Justiça
Eleitoral, Sergio Moro já havia pedido que o caso fosse devolvido a ele, para
que as investigações que não correspondem à área eleitoral prosseguissem. “Não
se trata de mero caixa dois de campanha”, afirmou o magistrado à época.
Em nota, a defesa do ex-governador
Beto Richa afirmou que apresentou recurso ao Tribunal Regional Eleitoral por
entender que a decisão unânime da Corte Especial do Superior Tribunal de
Justiça está sendo descumprida. Procurada para confirmar as informações, a
assessoria do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná afirmou que o caso está sob
sigilo.
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