By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: RADIO NAJUA – Imagem: Divulgação
A empresa fluminense Atena Engenharia Industrial Ltda. e a Prefeitura de Irati assinam, na segunda-feira (30), o contrato para instalação da indústria que vai produzir madeira biossintética a partir do lixo coletado pela HMS. O contrato válido por 30 anos será assinado às 10h, na Prefeitura, de acordo com a secretária municipal de Meio Ambiente e Ecologia, Magda Lozinski.
O terreno onde a empresa será instalada ainda não foi definido. “Já estivemos visitando alguns terrenos e, como a empresa precisa da medida da área, precisa saber o tamanho das áreas selecionadas, estamos encaminhando a eles as possíveis áreas para eles selecionarem qual se adapta melhor à tecnologia, ao sistema deles”, diz. A definição, porém, deve ocorrer antes da assinatura do contrato.
A instalação da empresa que vai reaproveitar os resíduos na transformação do lixo em madeira biossintética vai economizar os recursos que, inicialmente, seriam aplicados no transbordo do lixo para outras cidades.
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Assim, não haverá inclusão de taxa extra na coleta de
lixo que sirva para cobrir os custos sobre a destinação dos resíduos;
mantém-se apenas a taxa regular de coleta de lixo. “Nossa primeira tentativa foi na busca dessa solução tecnológica, através de chamamento público, e estamos muito felizes, podemos considerar uma vitória em relação à questão ambiental no município essa solução para nosso aterro sanitário e para o manejo de resíduos e a destinação final dos resíduos produzidos em cada casa. Isso não vem a atender à Prefeitura, ou à secretária ou ao prefeito. Essa empresa vem a atender a todas as residências de Irati”, destaca Magda. Cumpre lembrar que o prazo de desativação do aterro sanitário de Irati se encerrou há quase dois meses, no dia 31 de maio.
A madeira biossintética – ou madeira plástica, como é também conhecida – é uma tecnologia ambiental que vem sendo aplicada cada vez mais na arquitetura por ser um material sustentável e durável. A madeira plástica produzida no Brasil tem como principal matéria-prima o plástico recolhido dos lixos e, além disso, uma carga orgânica (como cascas e resíduos de lavoura), que conferem ao composto uma estética muito próxima da madeira vegetal. A principal vantagem da aplicação desse material é que, se na natureza o plástico leva 100 anos para se decompor, sua aplicabilidade nas construções é conveniente porque a madeira plástica não demanda manutenção por não se degradar, mesmo com exposição a intempéries.
Reajuste da taxa de coleta
Em dezembro de 2017, a Câmara de Irati aprovou o reajuste da taxa de coleta de lixo em 52%.
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O novo valor passaria a ser cobrado a
partir de março deste ano. O projeto original do Executivo determinava
reajuste linear em três anos: de 93%, em 2018; de 13%, em 2019 e de 7%,
em 2020. Emenda dos vereadores Nei Cabral (PDT) e Rogério Kuhn (PV)
limitou o reajuste a 52%, a ser aplicado somente em 2018.O reajuste de 52%, aprovado em dezembro, elevaria a arrecadação para R$ 275 mil mensais. Se o transbordo fosse necessário, a coleta (R$ 180 mil) e o transbordo (R$ 220 mil) custariam R$ 400 mil ao mês, o que significaria um déficit de R$ 125 mil, diferença com a qual a Prefeitura teria que arcar. No entanto, a instalação da empresa de madeira biossintética vai excluir a necessidade de realização do transbordo.
Magda frisa que, de 2006 a 2017, não houve nenhuma atualização do valor de cobrança da taxa de coleta do lixo. “Com o passar do tempo, teve um custo em relação ao aterro sanitário e, em 2013, foi contratada a empresa HMS, que faz a coleta hoje. Esse valor pago à empresa HMS não estava sendo coberto pela taxa de lixo. Até dezembro de 2017, o valor que era pago mensal à HMS era de R$ 178 mil. A Prefeitura, na taxa de coleta de lixo, não estava conseguindo cobrir a HMS. Com a possibilidade de a Prefeitura ter que contratar o transbordo teve, automaticamente, que ser feito esse projeto de lei para aumento e atualização da taxa”, justifica.
Segundo Magda, a diferença de reajuste entre o que foi aprovado pela Câmara (52%) e o que foi solicitado pelo Executivo (93%), era a parte do reajuste que seria aplicada no pagamento do transbordo. A taxa atualmente cobrada, ainda conforme a secretária, cobre os custos da coleta. “Não está sobrando dinheiro da taxa de coleta de lixo, que fique bem esclarecida essa situação”, enfatiza.
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Terceirização da coleta
O contrato com a HMS se encerra em dezembro de 2018, sem possibilidade de prorrogação ou renovação, de acordo com a secretária de Meio Ambiente e Ecologia. “A licitação é de 2013. As quatro renovações que a lei prevê se encerram agora. Foi renovado em 2014, 2015, 2016 e 2017. Agora a lei não permite mais renovação. Tem que ser feita uma nova licitação”, diz.
Segundo Magda, o município realiza estudos sobre a viabilidade de a Prefeitura reassumir a coleta. “Porém, os caminhões que faziam [a coleta] antigamente, hoje estão cedidos para a cooperativa e a associação. A atual situação mecânica deles não comporta mais. Tem que ser caminhões novos para assumirmos novamente essa responsabilidade”, aponta.
O município precisaria adquirir pelo menos quatro caminhões compactadores coletores novos. Hoje, a Prefeitura tem motoristas para realizar esse serviço, mas teria que remanejar funcionários para a coleta, conforme a secretária.
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