By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 – Imagem: Divulgação
O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) confirmou em convenção nacional
neste sábado (21), em São Paulo, a escolha de Guilherme Boulos, de 36
anos, como candidato à Presidência da República nas Eleições 2018. O coordenador do
Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) foi escolhido por aclamação
pelos filiados que participaram do evento. Ele disputará a Presidência
pela primeira vez.
A chapa terá como candidata a vice-presidente a ativista indígena Sônia
Guajajara, também do PSOL. A candidatura de Boulos teve apoio de
setores sociais, como os sem-teto, e os movimentos LGBTI, feminista,
negro, entre outros.
Participaram do evento lideranças do PSOL, como os deputados federais
Ivan Valente (SP) e Luiza Erundina (SP), as vereadoras Sâmia Bonfim (SP)
e Talíria Petrone (RJ) e os deputados estaduais Carlos Giannazi (SP) e
Marcelo Freixo (RJ).
No primeiro discurso como candidato, Boulos disse que pretende, se
eleito, combater privilégios. “Temos que dizer com todas as letras: não
se avança em direitos sociais e políticas para o povo se não for
enfrentando os privilégios do 1%. Temos lado. Essa candidatura tem lado,
e é ao lado dos 99%.”
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Disse que vai priorizar a revisão de políticas atuais do governo
federal, como a reforma trabalhista. "Primeiro compromisso, e esse é um
ponto fundamental para campanha que vamos fazer: revogar os atos desse
governo de Michel Temer."
O atual presidente também foi citado quando Boulos defendeu o combate à
crise econômica. "Enfrentar o golpe e tirar o país da crise que a
quadrilha do Michel botou”.
Disse que pretende realizar a reforma agrária. “Queiram eles ou não,
vamos fazer a reforma agrária e enfrentar o agronegócio. Esse é o nosso
caminho. Essa aliança se construiu a partir da coragem e do compromisso
com bandeiras como essa.”
Também afirmou que vai defender, durante a campanha, o direito ao
aborto. "É um tema a ser tratado como questão de saúde pública. Porque
isso é defender a vida das mulheres."
Na área da segurança pública, disse que pretende discutir o atual
modelo, incluindo a proposta de desmilitarização das polícias. "Não
vamos recuar um minuto para dizer que existe genocídio da juventude
negra nas periferias."
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Defendeu, também, rever a política de drogas. "A política de guerras às
drogas é uma cobertura para matar a juventude negra, e não toca onde
estão de verdade os donos do negócio."
Ele citou, ainda, o assassinato da vereadora carioca Marielle Franco,
também do PSOL, em março, que até agora não foi solucionado. “Exigimos
justiça por Marielle. Enquanto não houver justiça nesse caso, a
democracia permanecerá manchada.”
Propostas
Entre as propostas que apresentou durante o discurso, o candidato do PSOL manifestou intenção de:
- Combater privilégios e retomar investimentos públicos;
- Taxar grandes fortunas;
- Fazer reforma tributária visando combater "a farra dos grandes empresários";
- Apropriar imóveis vazios e destiná-los para moradia;
- Promover a reforma agrária;
- Revogar os atos do governo Michel Temer;
- Rever a política de drogas;
- Discutir o modelo atual de segurança pública, incluindo a desmilitarização das polícias;
- Defender o direito das mulheres ao aborto.
Trajetória política
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A eleição presidencial de 2018 será a primeira de Boulos. Ele filiou-se
em março ao PSOL. No mesmo mês, foi lançado como pré-candidato após
receber maioria dos votos em disputa com outros três nomes do partido.
Antes de se tornar líder do MTST, Boulos foi militante estudantil na
União da Juventude Comunista e se formou em Filosofia pela Universidade
de São Paulo (USP).
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