sexta-feira, 1 de junho de 2018

Greve dos caminhoneiros deve piorar PIB brasileiro no segundo trimestre


By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: DIARIO CATARINENSE Imagem: Ronaldo Bernardi (Agência RBS)


A greve dos caminhoneiros deve piorar, no segundo trimestre, o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB), que sofre para deixar no retrovisor os obstáculos da recessão. Entre janeiro e março, a economia brasileira teve leve avanço de 0,4%, puxado pela agropecuária. Confirmado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (30), o resultado do início do ano não contabiliza as perdas causadas em diversos segmentos pela paralisação dos motoristas.
– O próximo PIB certamente será pior. Antes da greve, a economia já apresentava sinais de que andava a passos muito lentos – analisa o economista Adalmir Marquetti, professor da PUCRS. – Ainda é difícil calcular o tamanho do prejuízo em diferentes setores – emenda.
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Iniciada no último dia 21, a greve dos caminhoneiros provocou a paralisação de empresas,  o desabastecimento de produtos e a perda de alimentos no campo. Segundo analistas, além da piora no PIB, o movimento dos motoristas deve elevar a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Hoje, o indicador está em patamar comportado. No acumulado de 12 meses encerrado em abril, ficou em 2,76%, abaixo do piso da inflação estabelecido pelo Banco Central (BC), de 3%.
– É óbvio que a greve atrapalhará muito o PIB no segundo trimestre. Empresas paralisam operações, a agropecuária sofre com a morte de animais, o consumo e a confiança dos consumidores caem. Isso gera impacto inflacionário. Temos um governo moribundo, que não consegue agir, uma carcaça a ser devorada pelos abutres – critica o economista Marcelo Portugal, professor da UFRGS.
Marquetti acrescenta que a queda na produção industrial também pode respingar no mercado de trabalho. Conforme o economista, as perdas tendem a diminuir a necessidade de novas contratações. No trimestre encerrado em abril, a população desocupada somava 13,4 milhões de pessoas no país, conforme o IBGE.


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