By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: BANDA B – Imagem: Divulgação
Pouco tempo depois do anúncio da
governadora Cida Borghetti de que o tenente-coronel Edmauro Assunção deixaria o
comando do 1º Batalhão de Polícia Militar (BPM) de Ponta Grossa, diversas
lideranças de diferentes partidos e posicionamentos políticos se manifestaram
contrários à decisão do Executivo Estadual. A justificativa para o afastamento
de Edmauro seria um confronto entre a PM e manifestantes na PR-151, em Castro,
durante a desmobilização dos caminhoneiros que ainda estavam no local.
No grupo ‘aRede – Política em Foco’, que reúne as principais lideranças
políticas dos Campos Gerais e é um importante fórum de discussão regional, os
deputados federais por Ponta Grossa, Sandro Alex (PSD) e Aliel Machado (PSB)
anunciaram que devem se unir para conversar com a governadora sobre a decisão.
“Saio em defesa do comandante que tem um histórico de seriedade, equilíbrio e
correção”, avisa Sandro, afirmando que conversou com castrenses que negaram
qualquer tipo de confronto. “Conversei com a governadora no inicio da noite.
Reforcei os argumentos em defesa do excelente trabalho realizado pelo Edmauro”,
acrescentou Aliel, ressaltando que há um procedimento interno da PM para apurar
o caso.
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O deputado estadual Márcio Pauliki
(SD) também se colocou à disposição dos outros dois parlamentares para
participar do encontro com Cida para convencê-la de que não houve excesso por
parte das forças de segurança. “Quero me somar aos deputados federais na defesa
da permanência do Cel Edmauro. Pelas imagens que vimos, não houve nenhum
excesso. Aproveito para dar os parabéns ao coronel pela condução no
gerenciamento da crise através das forças de segurança de Ponta Grossa”,
salientou Pauliki.
Mais apoio
Além dos deputados, outras
importantes figuras da região também usaram a ferramenta disponibilizada pelo
Portal aRede para mostrar apoio ao tenente-coronel Edmauro Assunção. O
empresário castrense Paulo Bertolini garantiu que não houve excesso. “Quando
jogaram um pneu contra os policiais, lançaram um ou outra bomba de efeito moral
mas muito longe das pessoas. Não levou 5 minutos e o bloqueio foi desfeito e os
motoristas puderam seguir”, garante o empresário, lembrando também que “a greve
causou um prejuízo formidável aos produtores de leite, aves e suínos de Castro
(do Brasil inteiro!)”.
A prefeita em exercício de Ponta
Grossa, Elizabeth Schmidt, reforçou o coro pela permanência de Edmauro no
comando da PM em Ponta Grossa, afirmando que “não houve violência e sim
controle da situação” e ressaltando as qualidades do policial: “um grande
comandante responsável e competente”. O procurador-geral do Município, Marcus
Freitas, lembrou do trabalho de Edmauro na organização da operação que pôs fim
aos bloqueios na região.
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“Participei de quase todas as tratativas e reuniões
para que o reabastecimento fosse efetivado, e te digo, com propriedade, isso só
foi possível porque o coronel Edmauro coordenou”, garante.
Carlos Lopatiuk, presidente da
Associação Paranaense Dos Oficiais da Reserva Das Forças Armadas Brasileiras,
foi outro que usou a ferramenta para defender Edmauro. “Nos apresentamos para
somar na linha de frente e demover nossa governadora, que conheço e sei que é
muito justa, desta incomensurável injustiça”, assegura.
Apoio da Assofepar
A Associação dos Oficiais Policiais
e Bombeiros Militares do Estado do Paraná (Assofepar) emitiu uma nota
manifestando apoio ao tenente-coronel Edmauro e também a todos os policiais que
participaram da ação de liberação na PR-151, em Castro. A entidade ressalta que
houve negociação por aproximadamente duas horas “esgotando assim, todas as
possibilidades de diálogo com os manifestantes, a maioria dos quais não tinha
qualquer relação com os caminhoneiros e suas causas. Somente como último
recurso o efetivo de choque foi empregado”.
“É muito importante destacar que
nesta ocorrência dois Militares Estaduais foram feridos por manifestantes, mas
não há registro de que um civil sequer tenha sido lesionado”, completa a
entidade. “Com o devido respeito que nutrimos pela Senhora Governadora, não
podemos deixar de manifestar nosso descontentamento. Consideramos essa atitude
precipitada e prejudicial”, acrescenta a Assofepar, em nota.
“Temos convicção que a Senhora
Governadora, assim como manifestou bom senso em dialogar com os caminhoneiros,
demonstrará também consideração para com os Militares Estaduais, reconduzindo o
Ten-Cel. QOPM Edmauro de Oliveira Assunção ao Comando do 1º Batalhão,
aguardando o deslinde das investigações já determinadas, para então, com os
fatos aclarados, tomar um posicionamento mais fundamentado”, completa o
comunicado.
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