By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 – Imagem: G1
O humorista Agildo Ribeiro
morreu por causa de problemas cardíacos na manhã deste sábado (28) no
Rio de Janeiro. O ator tinha completado 86 anos na quinta-feira e
faleceu em casa, no Leblon, na Zona Sul.
O corpo será velado neste domingo na capela 1 do Memorial do Carmo, no
Caju, das 10h às 14h. A cremação está prevista para as 15h.
Às 16h10, um carro de funerária saiu do prédio com o corpo do
humorista.
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Durante a tarde, Marcelo Galvão, um dos filhos de Agildo,
esteve no condomínio. O síndico contou à GloboNews que o ator ainda
conseguiu ligar para a portaria quando começou a passar mal.
Vida e obra
Agildo da Gama Barata Ribeiro Filho nasceu no Rio em 26 de abril de
1932. O pai dele participou das revoluções de 1930 e 1932 e da intentona
comunista. Agildo foi educado em colégio militar e chegou a trabalhar
como telefonista.
Em seis décadas de carreira, criou vários personagens – alguns com
bordões que ficaram famosos – e seu rosto se tornou um dos símbolos do
humor no Brasil.
Agildo fez parcerias memoráveis com Paulo Silvino e Jô Soares. Doutor
Babaluf foi um dos personagens políticos do humorista que ficou mais
famoso.
Chamado de "capitão do riso", Agildo começou como ator no rádio, mas seu
reconhecimento veio com os trabalhos cômicos na televisão. "Virou
hábito: eu abro a boca e todo mundo ri. Eu nasci para ser artista",
declarou o ator em uma entrevista.
Seu passaporte para a televisão foi em 1957, com o personagem João
Grilo, protagonista da peça "Auto da Compadecida", de Ariano Suassuna.
Também atuou na companhia do ratinho Topo Gigio, personagem de um
programa infantil de sucesso na TV no início da década de 1970.
Participou da inauguração da TV Globo, onde trabalhou na adaptação para
as telas do humorístico "Balança, mas não cai", dirigido por Lúcio
Mauro.
Em "Planeta dos homens" (1976), deu vida ao personagem Aquiles
Arquelau, um professor de mitologia apaixonado pela atriz Bruna Lombardi
e que chamava o mordomo de "múmia paralítica". Agildo também participou
da "Escolinha do Professor Raimundo" (1999) e do "Zorra Total" (1999).
Em 1982, o humorista teve seu próprio programa: "Estúdio A... Gildo". Uma das últimas aparições do ator na televisão foi em um episódio especial de "Tá no Ar: a TV na TV", da Rede Globo, que homenageou grandes nomes do humor.
No cinema, Agildo autou em mais de 30 filmes. "Casa da Mãe Joana"
(2008) e "O homem do ano" (2003) foram os trabalhos mais recentes dele
na tela grande.
Vocação
Na infância, Agildinho, como era conhecido, se inspirava na realidade
para fazer graça. As imitações que ele fazia dos professores eram um
sucesso entre os colegas de escola.
Em março de 2018, o ator foi homenageado no Prêmio do Humor, evento idealizado e apresentado por Fábio Porchat.
Em 2012, Agildo Ribeiro descobriu que tinha um filho, na época, com 47
anos. Marcelo Galvão é de uma relação de Agildo em 1965. Em um encontro
com o rapaz durante o programa "Fantástico", em 2013, o ator descobriu também que era avô de uma menina.
O humorista foi casado cinco vezes. Entre as esposas, estão as atrizes
Marília Pera e Consuelo Leandro. Seu último casamento foi com a atriz e
bailarina Didi Barata Ribeiro. Os dois ficaram juntos por 35 anos. Didi
morreu em 2009.
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