sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Suspensão de inquérito contra Beto Richa pode comprometer investigação, diz coordenador do Gaeco



By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: RPC Imagem: G1


A suspensão do inquérito que investigava o governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), na Operação Publicano, pode comprometer toda a apuração do esquema de corrupção na Receita Estadual, afirmou o coordenador do Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Leonir Batisti, nesta terça-feira (19).
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou suspender o inquérito em tramitação no Superior Tribunal de Justiça (STJ) na segunda-feira (18). Na investigação, o governador era suspeito de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica eleitoral (caixa 2). 
"O que estamos fazendo hoje é trabalhando no sentido de dificultar a real apuração e, se enventualmente for o caso, a punição. É um sistema que depõe contra a organização da Justiça no Brasil", avaliou o coordenador do Gaeco.
Na decisão que suspendeu a investigação, o ministro afirmou que o Ministério Público do Paraná (MP-PR) não tinha competência para fechar o acordo de delação premiada do ex-auditor da Receita Luiz Antônio de Souza. Ele é o principal delator da Operação Publicano.
Nos depoimentos, o delator disse que parte do dinheiro desviado da Receita Estadual foi doado para a campanha do governador do Paraná, em 2014. No entendimento do ministro, por envolver político com foro privilegiado, a delação não poderia ter sido negociada pelos promotores do Paraná.
"A colaboração premiada é combinada, segundo a lei, entre o MP e o colaborador. Desde que isso esteja dentro de um parâmetro de legalidade, tem que ser validada pelo estado sob pena de que a colaboração premiada vai perder o sentido. Quem é que vai fazer combinação com o MP se isso vai ser levado a consideração de uma pessoa que, por ventura, vá pensar diferente? Isso não condiz com a estabilidade de um sistema jurídico criminal", alegou Batisti.
A decisão de Mendes ainda depende do referendo de outros ministros do STF. Por enquanto, não afeta outros réus do processo. 
O que dizem os citados
O ministro Gilmar Mendes disse que os argumentos dele estão na decisão. Por isso, não vai comentar o caso.
O governador Beto Richa afirmou que a Justiça finalmente começa a ser feita. Ele também disse que a investigação contra ele na operação não tem qualquer fundamento legal nem sustentação fática, causando constrangimento ilegal.
Richa comentou ainda que a delação foi conduzida pelo Ministério Público estadual, que não tem atribuição para investigar governadores de estado. 

OS COMENTÁRIOS NÃO SÃO DE RESPONSABILIDADES DO INTERVALO DA NOTICIAS. OS COMENTÁRIOS IRÃO PARA ANALISE E SÓ SERÃO PUBLICADOS SE TIVEREM OS NOMES COMPLETOS.
FOTOS PODERÃO SER USADAS MEDIANTE AUTORIZAÇÃO OU CITAR A FONTE

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.