By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 – Imagem: Divulgação
O PDT faz parte da base aliada e, atualmente, ocupa o Ministério das Comunicações. A decisão foi tomada em uma reunião na noite de terça (12) entre 19 dos deputados pedetistas, o presidente do partido, Carlos Lupi, e o ministro André Figueiredo.
No jargão político, “fechar questão” significa que todos os parlamentares devem seguir a orientação da legenda, sob pena de punição, que pode ser até a expulsão da sigla.
Decisão unânime
Segundo Weverton Rocha, a decisão foi unânime entre os presentes. O deputado Mário Heringer (PDT-MG) foi o único que não participou do encontro porque não teria conseguido chegar a tempo em Brasília.
Rocha reconheceu que Heringer tem uma postura mais crítica ao governo, mas tem acompanhado as decisões partidárias. O líder lembrou ainda que o diretório nacional se reúne em maio e caberá a essa instância partidária decidir sobre eventuais descumprimentos de decisões da legenda.
Ele ponderou que o partido como um todo tem críticas ao governo, mas que se manterá fiel ao Palácio do Planalto.
“Somos hoje 20 deputados, 19 participaram da reunião com o presidente nacional do partido, Carlos Lupi, e o ministro André Figueiredo. A reunião foi longa e é característica do partido ter discussões, opiniões e óbvio que o partido tem muitas críticas desde o início do governo, principalmente a área econômica”, afirmou.
E continuou: “Ontem [terça-feira, 12], foi reiterada essa posição de ficaremos do lado da democracia e do lado da Constituição Federal. (...) Não apoiaremos, de forma alguma, esse golpe”.
Apesar de o líder do partido ter dito que a decisão foi unânime, após o anuncio do PDT, o deputado Sergio Vidigal (PDT-ES) afirmou em nota que sua posição não é a mesma da bancada, e que votará favorável ao afastamento da presidente Dilma Rousseff. Segundo o parlamentar, ele havia deixado claro seu voto na reunião com a executiva do partido.
“Acompanhamos nos últimos dois anos a apuração do maior esquema de corrupção no país, que foi instrumento entre outros motivos de aparelhamento do poder. Vemos com muita tristeza o sofrimento do trabalhador brasileiro, com mais de 10 milhões de desempregados, inflação juros altos e tarifa de energia elétrica, entre outros motivos que justificam o afastamento”, diz em nota.
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