By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: Folha de S. Paulo – Imagem: Miguel Ângelo
A delegação brasileira, composta por 50 estudantes do Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) e seis do Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial), levou 11 medalhas de ouro, dez de prata e seis de bronze. A equipe também recebeu 18 certificados de excelência (o equivalente ao 4º lugar).
Em sua 43ª edição –a maior de sua história–, o evento foi realizado em São Paulo entre os dias 11 e 16 de agosto. Participaram cerca de 1.200 competidores de 62 países.
A WorldSkills é organizada desde 1950 e essa foi a primeira vez em que foi sediado em um país da América Latina.
O Brasil participa desde 1983, representado pelo Senai. No total, o país acumulou 95 medalhas e 118 certificados de excelência. Na última edição, em Leipzig, na Alemanha, a equipe nacional ficou em 5º lugar.
A classificação foi divulgada no domingo (16), durante cerimônia de encerramento do evento, no Ginásio do Ibirapuera. Os vencedores são definidos por uma equipe de avaliadores, com base no critério de atendimento aos padrões internacionais de qualidade.
O país que recebe a competição tem o direito de definir os materiais que serão usados. Assim, o Brasil saiu em vantagem em algumas categorias, como carpintaria de telhados.
Ole Gregersen, diretor da rede de escolas de carpintaria da Dinamarca, conta que foi necessário importar uma madeira da África para que seus competidores pudessem treinar. O tipo que foi utilizado não existe na Dinamarca e era muito caro importar. A solução foi trabalhar com uma madeira semelhante, trazida da África, explica Gregersen.
ENSINO PROFISSIONAL
O Senai foi um dos organizadores do evento, em parceria com a WorldSkills International. "A principal razão para fazermos uma competição dessa magnitude é fazer a sociedade brasileira dar novo significado à educação profissional", diz Rafael Lucchesi, diretor geral do Senai. Ele cita o exemplo da Finlândia, que recebeu a WordSkills em 2005. À época, cerca de 30% dos jovens frequentavam alguma modalidade de ensino técnico (nível médio). Hoje, esse número subiu para 69%.
Em comparação, 8,4% dos jovens brasileiros fazem ensino técnico, segundo dados do Senai. As matrículas, contudo, têm aumentado : entre 2008 e 2014, cresceram 88%, resultado de investimentos na área realizados pelo governo federal, via Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego) e da atratividade da formação, que possibilita uma entrada direta no mercado de trabalho.
Confira aqui os ganhadores brasileiros
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