sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Bolsistas do Ciência sem Fronteiras na Finlândia chegam a receber mais de R$ 46 mil

By: INTERVALO DA NOTICIAS

Em setembro, quando foi selecionado para o programa de intercâmbio do governo federal, CsF (Ciência sem Fronteiras), na Finlândia, o estudante de ciência da computação Arthur Brasileiro recebeu R$ 21.713 (7.310 euros) logo de cara.
Esta grana foi dada como adiantamento da bolsa de R$ 46,176 (15.546 euros) que ele vai receber até o segundo semestre de 2014, quando completar um ano de estudos na Aalto University, em Espoo, pertinho de Helsinque, a capital da Finlândia.
Da bolada inicial, três mensalidades de R$ 2.610 (870 euros) foram recebidas com mais um seguro saúde anual de R$ 3.240 (1.080 euros), um auxílio instalação para mobília da acomodação de R$ 3.960 (1.320 euros), um auxílio didático para o laptop de R$ 3 mil (1.000 euros), e ainda outros R$ 3.838 (US$ 1.706) para a passagem aérea, de acordo com os valores estabelecidos pelo governo quando o euro valia R$ 3 e o dólar R$ 2,28.
Mas o problema é que por causa da oscilação do câmbio, entre o recebimento do dinheiro da passagem e a compra da passagem, o bolsista teve que gastar do próprio bolso, uma vez que o dólar chegou a R$ 2,45 e o euro a R$ 3,25 em agosto, época da passagem. — Você precisa de um tempo entre receber o dinheiro e encontrar o voo. Mas não é só nessa hora que pode acontecer de ter mais gastos. Quase todo mundo aqui acabou tendo que gastar dinheiro nas contas.
O mesmo aconteceu com os estudantes de engenharia Mateus Henke e Diogo Lenzi, que foram à Finlândia na mesma época que Arthur.
O estudante de ciência da computação Rafael Andrade Lott explica que toda a grana é gasta, e que da mensalidade de 870 euros, praticamente metade vai para o aluguel.
— Olha, quando você acha um apartamento, dificilmente ele está mobiliado. Mesmo se tiver boa parte dos móveis, sempre falta um monte de coisa, panela, prato, produto de limpeza, eletrodoméstico. E Helsinque é uma cidade muito cara também. O aluguel de um apartamento compartilhado aqui sai uns 400 euros, fora que tem a luva (depósito reembolsável dos pisos).
Mesmo com o adicional que o governo dá às bolsas em grandes cidades do mundo, Helsinque sai cara ao intercambista. Mateus Henke, que estuda na TAMK (Universidade de Ciências Aplicadas de Tampere), ao norte de Helsinque, por exemplo, gasta cerca R$ 450 (150 euros) a menos em aluguel, o que pode resultar em uma economia de R$ 5.425 (1.800 euros) em um ano de bolsa.
— Aqui a acomodação sai em média uns 250 euros, no máximo 300 euros. De [compras em] mercado tem mais uns 200 euros e mais 150 euros de alimentação.
Dos sete estudantes brasileiros que estão na Finlândia pelo CsF que o R7 entrevistou para saber como administram a grana dada pelo governo, por estudar no interior, Mateus foi o que se deu melhor com os gastos.
— Eu posso comprar mais roupa de frio ou viajar, o que não deixa de ser um investimento em cultura.

A estudante de engenharia eletrônica Talita Tobias, que estuda em Helsinque, diz que seus amigos de outros países também sentem no bolso a diferença dos custos de uma capital e uma cidade do interior, que pode render muitas viagens pela Europa.
— Um deles que estuda em Lyon (França) até postou no Facebook: "muito obrigado Dilma, estou vivendo como um rei".
Dependendo da viagem, a economia pode ser maior ainda ao bolsista do CsF. A estudante de engenharia de alimentos Raíssa Sant'Anna Bueno, que estuda na cidade de Lugo, na Espanha, chega a ver uma sobra de aproximadamente 200 euros mensais de sua bolsa de 870 euros. Ela, que está guardando o dinheiro para eventuais emergências enquanto está fora, acha que a verba está de acordo com sua região.
— Está, sim. A cidade que vivo, Lugo, é uma cidade muito boa e barata.

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