By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: Guara Noticias
Um relatório elaborado por
representantes do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA-PR) e do
Sindicato dos Engenheiros no Estado do Paraná (SENGE-PR) faz observações e
recomendações ao governo sobre as rodovias pedagiadas do estado. O levantamento
pertence a uma parte da Comissão Tripartite de Fiscalização, formada pelo
governo, concessionárias e usuários. O documento, divulgado nesta terça-feira
(05), apresenta conclusões dos engenheiros, que, nesse caso, representaram os
usuários do pedágio.
De acordo com os
representantes do SENGE-PR e do CREA-PR, o governo precisa estar atento à
movimentação financeira das concessionárias, pois não há informações de quanto
as empresas ganham com as tarifas de pedágio e sobre investimentos. “Se ele
souber quanto as concessionárias gastam e quanto elas recebem, ele sabe quanto
é o rendimento delas, ele pode negociar o contrato a qualquer momento. Desde o
início da concessão, ele não sabe”, aponta o engenheiro do sindicato, Valter
Fanini.
Outra conclusão
do relatório indica falta de infraestrutura das estradas pedagiadas. Na
avaliação dos engenheiros, os acessos das rodovias são irregulares; viadutos e
trincheiras estão incompletos, faltando alças de acesso para entrada e saída
dos veículos; ausência das marginais, no caso de rodovias que cortem as
cidades; e a falta de duplicação nas estradas. “Hoje, passados 14 anos (de
concessão), não temos nossas rodovias duplicadas, quase nada. Infelizmente,
isso faz uma falta muito grande”, afirma o engenheiro do CREA-PR, Álvaro
Cabrini.
Depois de meses
de análise das estradas do Paraná, os engenheiros recomendam ao estado que
não renove o contrato com as concessionárias em 2021, data prevista em
contrato. Segundo os engenheiros, cada parte da Comissão Tripartite de
Fiscalização ficou responsável por elaborar um relatório sobre as rodovias do
Paraná. Agora, o CREA-PR e o SENGE-PR devem entregar o levantamento ao governo
estadual para que os itens sugeridos sejam avaliados.
De acordo com o
governo, somente depois da análise será feito um novo documento com as
considerações do estado. Já a Associação Brasileira de Concessionárias informou
que não foi ouvida pelos autores do relatório e, portanto, não vai comentar
sobre o assunto.
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