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INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 – Imagem: DivulgaçãoUm homem de 34 anos é procurado por suspeita de matar a namorada, de 31
anos, em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, após comunicar ao
sogro, por mensagens de WhatsApp, que a havia assassinado. Ela ficou
desaparecida por pelo menos três dias.
O homem tem diagnóstico de esquizofrenia desde os 9 anos e confessou à Justiça, em 2016, ter matado o pai.
Segundo apurado pelo g1,
no domingo (20), por volta das 8h30, policiais militares foram chamados
depois que o pai da vítima, a fonoaudióloga Aline Candalaft, recebeu de
Lucas Bonfim Lhamas as mensagens pelo WhatsApp.
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A família foi para casa, estourou a porta e encontrou a vítima na cama,
em estado de decomposição. Ela estava com um terço enrolado em uma das
mãos e dois trechos bíblicos.
Desde quinta-feira (17), o pai da vítima enviava mensagens para o
namorado da filha pedindo para falar com ela, mas a todo tempo o
investigado dava desculpas, dizia que eles estavam passeando ou que o
celular dela havia “pifado”.
O pai de Aline continuou tentando contato, e Lucas continuava dando
desculpas dizendo que o sinal do celular estava ruim. Mas três dias
depois, Lucas confessou: “Infelizmente, a Aline está morta. Ela já está
morta faz bastante tempo. Sinto muito, eu a amava, mas não teve jeito”.
Ele desligou o celular e fugiu. A Justiça de São Bernardo do Campo
decretou a prisão temporária de 30 dias, na segunda-feira. Lucas e Aline
estavam juntos havia um ano e dois meses. O caso foi registrado como
feminicídio e é acompanhado pela delegada seccional Kelly Cristina
Sachetto Cesar de Andrade e delegada Priscila Camargo.
Pai assassinado em 2016
Lucas matou o pai em 15 de fevereiro de 2016. Na época, durante a
madrugada, no bairro Santa Maria, em Santo André, deu golpes de faca
contra Lourival Garcia.
O rapaz já havia passado por clínicas de reabilitação quando fazia o
uso de drogas.
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Antes do crime contra o pai, o filho tinha deixado de tomar os remédios
prescritos pelo psiquiatra. Em juízo, ele confessou o crime contra o
pai e afirmou que “ouvia vozes” e “estava cumprindo uma missão”.
A esquizofrenia foi diagnosticada aos 9 anos, quando começou a fazer
tratamento médico. No caso do pai, ele foi considerado inimputável. Em 2
de janeiro de 2018, outro laudo concluiu pelo diagnóstico de
esquizofrenia paranoide e “incapacidade parcial para os atos da vida
civil”.
Entre os episódios, o rapaz chegou a se identificar com outro nome,
dizia que os pais eram outros e que “a máfia russa o perseguia”.
Em 2019, o laudo concluiu que ele deveria continuar no tratamento
psiquiátrico no regime fechado no Hospital de Custódia, em Franco da
Rocha.
Em abril de 2021, a perícia médica recomendou que ele saísse da
internação: “está cessada a periculosidade, recomendando a imposição de
tratamento ambulatorial”.
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Em um relatório psicossocial do CAPS, de junho de 2022, o texto
afirmava que Lucas mantinha frequência de acompanhamento regular em
consultas a cada 60 dias.
Nesta segunda-feira (21), a Justiça expediu no processo do caso do pai
um mandado de intimação para que ele continue no tratamento ambulatorial
e se apresentasse ao fórum no prazo de 30 dias com o relatório
atualizado comprovando o acompanhamento médico.
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