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INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: GMC ONLINE – Imagem: Divulgação
“Desde o primeiro momento a nossa escolha seria por duas crianças,
até pelo fato de não precisar voltar para a fila de adoção depois já
colocamos dois direto. A adoção de irmãos tem pouca procura, foi uma das
coisas que mexeu com a gente quando falaram no curso obrigatório
fornecido gratuitamente pela Vara da Infância”, contou Reniéslei de Lima
Maciel ao GMC Online.
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O início de tudo
Reniéslei
e Marlon deram entrada no processo em agosto do ano passado. “Passamos
por todo o processo do curso, documentações, avaliações e habilitação
até janeiro deste ano. Fomos enfim habilitados dia 18 de janeiro deste
ano. No perfil nós colocamos duas crianças, a maior até 12 anos, a menor
até 10, de sexo indiferente, com possibilidade de doenças tratáveis e
HIV. Colocamos os estados do RS, SC, PR, SP e MS”, conta.
O momento de conhecer os meninos: a primeira videochamada
No
dia 21 de março deste ano o casal recebeu a primeira ligação da pessoa
responsável pelo processo deles na Vara da Infância. A notícia era de
que havia dois meninos para que eles conhecessem. “Não podia falar nem o
nome e nem a história ainda, só queria saber se tínhamos interesse. Era
um de 5 e um de 9 anos. Não sei explicar qual foi nosso sentimento
nesse momento, mas era um misto enorme de emoções e de imediato
aceitamos”, relata Reniéslei.
Eles conheceram a história das
crianças e alguns dias depois puderam conhecer Cristopher, que já
completou 10 anos, e Saymon de 5 anos, por videochamada. “Meu coração
palpitava forte e a primeira palavra do Cris foi: ‘Oi Pai’. Eu
simplesmente fiquei sem reação e o Marlon não parou de chorar o tempo
todo, conversamos e acabou o tempo. Foi um verdadeiro encontro de
almas”, conta Reniéslei.
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Segundo
Reniéslei, no primeiro encontro o nervosismo tomou conta. “Todos nós
estávamos muito nervosos, por mais que já havíamos falado com eles por
vídeo diversas vezes, a sensação é outra de poder abraçar, é totalmente
inexplicável. O coração quase saia pela boca. Nos emocionamos muito, mas
evitamos de chorar, para que eles não pensassem algo diferente.
Tentamos ficar alegres o tempo todo”, relata.
A conquista da guarda provisória
No dia seguinte ao primeiro encontro pessoalmente, 18 de abril, o casal
voltou ao abrigo e buscou os meninos para passear durante a tarde.
“Todos
os dias eles eram avaliados e a gente também. A gente tem que conversar
com a psicóloga à noite pra ver se continua o processo. Na quarta, como
deu tudo certo, de manhã cedo a gente já buscou eles e ficou com eles
até segunda-feira, dia 24, em um apartamento alugado na cidade onde fica
o abrigo em que eles moravam. Pudemos nos conectar ainda mais. Foram
dias incríveis passeando na cidade deles com amor, carinho e muita
bagunça. Aí na segunda-feira a gente entregou eles e na terça-feira, dia
25, foi a audiência. Ficamos com a guarda provisória”, explica
Reniéslei.
O casal então saiu com os meninos da cidade de origem
deles no dia 25 de abril. “Quando chegamos em casa a rotina deles muda
completamente, muda de escola, de convivência, de amigos, novas regras,
então os primeiros dias foram bem difíceis. É esperado que a adaptação
de crianças maiores seja um pouco mais difícil, mas logo conseguimos
tornar tudo mais leve para os dois lados”, relata.
Guarda definitiva
De
acordo com Reniéslei, durante o período em que foi mantida a guarda
provisória, o casal passou por avaliação e recebeu até mesmo a visita
surpresa de uma assistente social na casa deles. “Durante noventa dias a
gente passa por avaliação, recebe visita surpresa em casa, tem que
levar os meninos para conversar com psicólogo. O psicólogo conversa com a
gente. Inclusive durante esse momento o adotante pode até desistir da
adoção”.
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O conselho do casal para quem quer adotar
“Se
você quer adotar, a primeira coisa que aconselho é entrar em grupos de
adoção e assistir muitos vídeos de experiências de pessoas que já
adotaram para se preparar e também fazer acompanhamento psicológico
(esse é fundamental). A adoção é linda, mas é bem difícil no começo,
principalmente se for adoção tardia. Porém, não desista, é muito
recompensador. Ouvir chamar de pai, o abraço sincero, o sorriso no
rosto, não tem preço que pague a sensação de ser pai”.
Assista AQUI o vídeo.
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