By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: CORREIO BRAZILIENSE – Imagem: DivulgaçãoO Brasil atingiu a marca de 100 milhões de pessoas totalmente vacinadas
contra a covid-19 nesta quarta-feira (13/10), alcançando o percentual de
47,11% da população com o esquema vacinal completo — ou seja, aqueles
que receberam ou a dose única da Janssen ou as duas doses de outro
imunizante.
Nesta quinta-feira (14/10), o país bateu a marca de 150
milhões de pessoas vacinadas com ao menos uma dose. Segundo o
Ministério da Saúde, foram aplicadas até o momento 150.179.756 doses. O
número representa cerca de 93% dos 160 milhões de brasileiros que fazem
parte do público-alvo da campanha, a partir dos 12 anos de idade.
Com esses números, o Brasil já supera a
Alemanha e os Estados Unidos no número de pessoas vacinadas com ao menos
uma dose.
Continua depois da publicidade
Além disso, o país se destaca na lista das nações mais
populosas a ultrapassar a marca de mais de 100 milhões de pessoas
totalmente imunizadas — os Estados Unidos (com mais de 330 milhões de
habitantes), a China (mais de 1,4 bilhão) e a Índia (mais de 1,3 bilhão)
também já completaram o esquema de vacinação em mais de 100 milhões de
pessoas, de acordo com dados do site Our World in Data e de veículos de
notícias internacionais. Muitos desses países, além de terem iniciado a
campanha vacinal antes, em dezembro do ano passado, contam com uma
disponibilidade de imunizantes maior.
Na avaliação de especialistas, o Programa Nacional de
Imunização brasileiro é referência internacional. Além disso, o hábito
de se vacinar está consolidado na população. “O Brasil possui uma longa
história de disponibilidade de vacinas no sistema público de saúde. O
PNI existe desde a década de 1970. Está na cultura do brasileiro
imunizar-se", conta André Bon, infectologista do Hospital Brasília.
"Além disso, temos um sistema de saúde muito capilarizado, facilitando o
acesso da população às vacinas. Hoje temos um dos melhores e mais
completos programas de vacinação do mundo. Isso explica, em grande
parte, o avanço que tivemos na vacinação contra covid-19", acrescenta.
Resistência nos EUA
Nos Estados Unidos, por exemplo, apesar de a vacina
estar disponível para toda a população acima de 12 anos, apenas 64,6%
dos americanos aceitaram receber o imunizante. O país, que foi um dos
primeiros a ampliar o programa de vacinação em larga escala e,
inclusive, desobrigar medidas de proteção como o uso de máscaras, agora
sofre para ampliar a taxa de vacinados.
Mesmo com uma grande disponibilidade de imunizantes e a
tentativa de facilitar o acesso para a população — instalando pontos de
vacinação em redes de farmácias, supermercados e shopping centers e
oferecendo prêmios para quem fosse receber a dose da vacina — o país
mais rico do mundo não tem conseguido superar o aumento da resistência
de parte da população a se imunizar.
Continua depois da publicidade
"Nós observamos que em outros
países, sobretudo nos Estados Unidos, existe um movimento antivacina
muito forte. Principalmente, agora, com as mídias sociais, isso toma uma
dimensão muito grande.”, explica o médico infectologista Julival
Ribeiro.
Nos EUA, com ampla oferta de imunizantes, mais de 202
milhões de doses iniciais foram aplicadas, o que representa 78,5% da
população adulta. Esse índice é bem inferior ao alcançado pelo Brasil,
acima de 92% da população com mais de 18 anos.
Fenômeno global
O fenômeno da resistência à vacinação tem se espalhado
pelo mundo. Israel, na Ásia, que apresentava uma das taxas mais altas do
mundo, tem lutado com obstáculos para expandir o processo vacinal, com
70,44% da população vacinada com ao menos uma dose. Ao todo, 64,73% dos
israelenses estão completamente imunizados contra a doença.
Na Europa, onde grande parte dos países já tinha
imunizantes disponíveis em 2020, também percebe-se uma estagnação. A
Alemanha já foi ultrapassada pelo Brasil na porcentagem de pessoas
vacinadas com ao menos uma dose, e o Reino Unido deve ficar para trás em
breve. Outros países como Suíça, Áustria, Grécia, Hungria e Polônia
também vacinaram menos que o Brasil em relação à primeira dose.
O atual estágio brasileiro representa um avanço notório
no combate à pandemia no país. O início da campanha vacinal contra a
covid-19 no Brasil anunciava um fracasso. Os primeiros meses foram
marcados por sucessivos atrasos na entrega dos imunizantes da
AstraZeneca pela Fiocruz, atualmente os mais usados no país. O governo
de Jair Bolsonaro, declarado antivacina, demorou a adquirir outros
imunizantes, como o da Pfizer e da Janssen, e fez um incansável trabalho
de divulgação de notícias falsas sobre os imunizantes. "Na Pfizer, está
bem claro no contrato: 'Nós não nos responsabilizamos por qualquer
efeito colateral'. Se você virar um jacaré, é problema de você.
Continua depois da publicidade
Não vou
falar outro bicho aqui para não falar besteira. Se você virar o
super-homem, se nascer barba em alguma mulher aí ou um homem começar a
falar fino, eles não têm nada a ver com isso", afirmou o presidente, em
uma de suas frases mais polêmicas sobre a vacinação.
Mesmo assim, hoje, o país se destaca na imunização
contra a covid-19. “Precisamos parabenizar os brasileiros e brasileiras
por essa disposição em se vacinar contra a covid. O Brasil tem um dos
melhores programas de imunização do mundo, e essa política de imunização
que faz tão bem o Sistema Único de Saúde aqui no Brasil.”, comenta o
infectologista Julival Ribeiro. “Apesar de todo o negacionismo de
algumas autoridades no Brasil fomos, estamos sendo vencedores no que
tange a vacinação para a população brasileira.”, finaliza.
CURTA AQUI NOSSA PÁGINA NO FACEBOOK
OS COMENTÁRIOS NÃO SÃO DE RESPONSABILIDADES DO INTERVALO DA NOTICIAS. OS COMENTÁRIOS IRÃO PARA ANALISE E SÓ SERÃO PUBLICADOS SE TIVEREM OS NOMES COMPLETOS.
FOTOS PODERÃO SER USADAS MEDIANTE AUTORIZAÇÃO OU CITAR A FONTE
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.