By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 – Imagem: Divulgação A família do menino Benjamin Brener Guimarães, o Ben, anunciou que conseguiu através de doações o dinheiro para comprar o medicamento Zolgensma, conhecido como o remédio mais caro do mundo.
Ele custa 2 milhões de dólares, o equivalente a mais de R$ 11 milhões, e
é utilizado para tratar atrofia muscular espinhal (AME), doença rara,
degenerativa e muitas vezes letal.
Em setembro, a família de outro bebê com AME, o pernambucano Levi de Oliveira Balbino, de pouco mais de 1 ano, conseguiu comprar o remédio após uma decisão judicial. Ben também tinha uma decisão da Justiça Federal de Pernambuco (JFPE) para que o Ministério da Saúde fornecesse o medicamento, mas a União recorreu e a liminar foi suspensa.
Continua depois da
publicidade
O anúncio da compra do medicamento para Ben foi feito pelos pais do
bebê, Nathalie e Túlio, nas redes sociais. O menino tem 5 meses de vida
e, desde que foi diagnosticado com a doença, a família tem feito campanhas na internet para arrecadar o valor necessário para comprar o remédio, que não é fornecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
"É com muito orgulho que anunciamos que o Ben venceu mais uma etapa.
Recebemos o complemento financeiro necessário para a aquisição e já
compramos o medicamento junto ao fabricante suíço", disse a mãe do
menino.
A família não divulgou quanto pagou pelo remédio. "A
expectativa é que a chegada ocorra ainda em outubro e, assim, possamos
cumprir essa meta do Ben tomar o tão sonhado remédio antes de completar
os seis meses de vida", afirmou Nathalie.
No dia 18 de setembro, a JFPE determinou que o Ministério da Saúde
fornecesse o Zolgensma ao bebê e deu um prazo de 20 dias. Ele pode ser
utilizado para tratar crianças de até 2 anos diagnosticadas com AME tipo
1, a forma mais grave da doença e que geralmente causa a morte antes
dessa idade.
Em outubro, a União recorreu da decisão e a liminar da primeira
instância foi suspensa. No entanto, os pais do bebê conseguiram o valor
por meio de uma corrente de solidariedade e fizeram um agradecimento nas
redes.
"Nosso sonho está se tornando realidade, graças ao empenho, espírito
solidário, a garra, o abraço à causa e à compaixão de cada um. Obrigado a
todos que participaram, se envolveram, doaram, chegaram junto,
trouxeram aquele calor que o nosso coração tanto precisou durante esses
mais de 100 dias de luta para nunca desistir do nosso objetivo. Nossa
família é só alegria e gratidão", afirmou o pai, Túlio Guimarães.
Continua depois da
publicidade
Até 2017, não havia tratamento para quem nascia com essa condição no
Brasil. A AME é uma doença grave, rara, neuromuscular, degenerativa,
progressiva, irreversível e de origem genética.
O Zolgensma, que obteve registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)
em agosto de 2020, modifica o DNA do paciente e cria uma cópia
funcional, isso em uma única dose. Além do Zolgensma, o tratamento da
AME também pode ser feito com o remédio Nusinersena (Spinraza).
Diferente do primeiro, este segundo consiste num tratamento para o
resto da vida, num custo de R$ 400 mil por ano. Desde 2019, o Spinraza
foi incorporado ao SUS e é fornecido gratuitamente aos pacientes. Por
isso, o Ministério da Saúde alega que não há superioridade entre os dois
remédios, o que foi contestado por uma geneticista que fez um laudo
sobre o caso de Ben.
CURTA AQUI NOSSA PÁGINA NO FACEBOOK
OS COMENTÁRIOS NÃO SÃO DE RESPONSABILIDADES DO INTERVALO DA NOTICIAS. OS COMENTÁRIOS IRÃO PARA ANALISE E SÓ SERÃO PUBLICADOS SE TIVEREM OS NOMES COMPLETOS.
FOTOS PODERÃO SER USADAS MEDIANTE AUTORIZAÇÃO OU CITAR A FONTE
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.