By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: METROPOLES – Imagem: Divulgação
Depois que uma professora do ensino fundamental I foi afastada, por três dias, de uma escola particular de Cuiabá, em Mato Grosso, por criticar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido)
e seus apoiadores dentro de sala de aula na terça-feira (31/8), um
helicóptero da Secretaria de Segurança Pública do estado sobrevoou o
colégio com uma bandeira do Brasil. Um juiz da 11ª Vara Especializada de
Justiça Militar solicitou que o Ministério Público Estadual (MPE)
investigue o caso.Um dia após o afastamento da docente, os estudantes foram surpreendidos
com um sobrevoo rasante de uma aeronave do Centro Integrado de Operações
Aéreas (Ciopaer) da Polícia Militar. No vídeo, é possível ver que uma
pessoa de dentro do helicóptero segura uma bandeira do Brasil.
Procurada pelo Yahoo,
a Secretaria de Segurança Pública do estado negou que tenha sobrevoado a
escola em virtude do ocorrido, e alegou que se tratava de uma
“comemoração à semana da pátria”, pelo 7 de Setembro, a pedido do
próprio colégio.
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O juiz Marcos Faleiros, titular da 11ª Vara Especializada de Justiça
Militar, solicitou que o Ministério Público Estadual (MPE) apure o caso.
O órgão se posicionou favoravelmente à abertura de investigação pelas
promotorias militares, para apurar eventual improbidade administrativa.
Entenda
Os
comentários da professora foram gravados em áudio e compartilhados em
grupos de mensagens. A atitude da docente causou revolta nos pais de
alguns estudantes da escola. Ela leciona para o 3º ano, ou seja, ensina
crianças na faixa etária entre 7 e 9 anos. Segundo o G1, durante a aula, a professora disse que Bolsonaro tem apoiado crimes ambientais e não tem colaborado para a evolução do Brasil.
“Ele
é a favor do desmatamento. Ele é a favor que os garimpeiros façam
destruição dentro das terras indígenas. Além da destruição da natureza,
está prejudicando o povo indígena. Os garimpeiros e o presidente da
República são a favor disso. Temos que começar a pensar o que queremos
para o nosso Brasil”, assinalou.
A educadora também criticou a volta do voto impresso – proposta defendida pelo presidente, mas derrotada e arquivada na Câmara dos Deputados, no dia 10 de agosto.
“Votamos
com a urna eletrônica, então não tem como você ‘roubar’. Tem como
‘roubar’ se for no papelzinho, e ele [presidente Jair Bolsonaro] quer
que volte a votação pelo papelzinho, que é para facilitar para ele fazer
o que quiser”, declarou ela.
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A
profissional também afirmou que os apoiadores do presidente são pessoas
corruptas e que foram atraídas por ele devido aos discursos feitos
desde as eleições.
“Ele
tem as pessoas que o acompanham, igual a torcedor de futebol que torce
pelo time. Ele tem a torcida dele, mas, se formos avaliar esses
seguidores, são pessoas corruptas também, que fazem coisas fora da lei.
São pessoas atraídas por ele, por causa do pensamento dele, pelas coisas
que ele fala e faz, sempre contra a prosperidade do país”, disse.
O Colégio Notre Dame de Lourdes relatou, em nota, que os comentários de
caráter político-partidário feitos pela professora infringem o artigo do
Código de Ética assinado pelos funcionários da instituição e, por esse
motivo, a profissional foi suspensa. “A direção do Notre Dame de Lourdes
reafirma que não apoia tal conduta e que a opinião expressada não
reflete a posição da instituição”, ressalta.
Assista AQUI o vídeo.
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