Crise de rinite são mais comuns na primavera: saiba como prevenir

By: INTERVALO DA NOTICIAS

Texto: BANDA B – Imagem: Divulgação

Faltam apenas alguns dias para a chegada da primavera. A estação mais florida do ano é caracterizada pela sua beleza e por ser cheia de cores, no entanto, ela também remete a chegada mais frequente de inflamações da mucosa natal, como é o caso da rinite. A explosão do pólen é o gatilho para o início das reações alérgicas. Com isso, aquilo que é liberado pelas flores entra em contato com a mucosa respiratória e provoca as crises de rinite.

De acordo com o médico otorrinolaringologista do Hospital IPO Dr. Flavio Massao, a rinite pode ser alérgica, não alérgica e a não alérgica infecciosa. Por exemplo, o vírus do resfriado comum também pode ser chamado de rinite, algo que é comum no inverno. Nesta estação, as rinites alérgicas que envolvem os ácaros também são frequentes

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Por outro lado, na primavera as rinites infecciosas diminuem mas há o aumento das rinites infecciosas por alergia ao pólen. “Independente da estação do ano, se é frio ou calor, aumentam os casos de rinite”, explica.

Como diagnosticar a rinite?

O Dr Flavio destaca que o diagnóstico da rinite pode ser algo complicado até mesmo para os médicos. Antes de tudo, é preciso passar uma consulta médica para avaliar se o paciente não está com a garganta inflamada. Segundo ele, uma rinite alérgica não tem inflamações na garganta, se houver, é possível que o indivíduo que procurou o atendimento esteja com algum tipo de infecção.

Entre os sintomas da rinite na primavera estão os olhos irritados, espirros constantes, coceira no nariz e coriza. De acordo com o médico, em muitos casos, se o paciente apresenta apenas sintomas nasais e não tem nenhum tipo de coceira nos olhos, é possível que o indivíduo esteja apenas com algum tipo de alergia.

“Essa é uma pequena dica, mas isso não é regra”, reforça o médico

No caso de possível febre, dores no corpo e cansaço, o médico ressalta que é mais provável que o paciente esteja lidando com alguma infecção. “A rinite alérgica é espirro, coceira e olhos vermelhos”, afirma.

A rinite não alérgica pode piorar com as mudanças bruscas de clima, mesmo com o uso de ar condicionado e aquecedor. Nesse caso, os remédios anti-alérgicos comuns não devem funcionar, por isso, o Dr. Flavio recomenda que o paciente converse com o seu médico para que haja a prescrição de um remédio mais adequado.

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Sinusite e Rinite: quais as diferenças?

Para o Dr Flavio, a sinusite lembra uma gripe mais forte e conta com sintomas repentinos. Entre eles estão a perda ou redução de olfato, secreção mais amarela ou esverdeada, entre outros sintomas. A sinusite crônica pode ser confundida com rinite alérgica, por isso, os médicos muitas vezes decidem recorrer a exames complementares, como o da tomografia para que haja um diagnóstico mais completo.

“Nem toda a dor na face é sinusite, quem convive com resfriado ou enxaqueca muitas vezes acredita que é a sinusite. A gente consegue com alguns exames esclarecer se é rinite ou sinusite”, diz

Uma das recomendações do especialista é de que o paciente procure auxílio médico caso esteja com sintomas de resfriado por até 5 dias. Se quaisquer sintomas como congestão nasal e febre piorarem após esse período, é importante procurar por um médico.

Rinite e Covid-19: existe relação?

A Associação Brasileira de Otorrinolaringologia fez uma força tarefa junto a outras entidades e escreveu um trabalho específico sobre o assunto. A conclusão é de as duas doenças podem ter uma relação, mas ainda não há evidências de que a rinite possa ser fator de risco ou gerar casos mais graves de Covid-19.

O Dr. Flavio ressalta que a maior dificuldade para os médicos é identificar se o paciente está com rinite ou com um quadro leve de Covid-19. A avaliação dos especialistas nesse caso é, em um primeiro momento, epidemiológica. “O médico pergunta se o paciente teve contato com alguém infectado, frequenta o transporte público, esteve em ambiente fechado. Mas o diagnóstico é com o PCR mesmo”, afirma.

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Cuidar do ambiente pode prevenir crises?

De acordo com o especialista, os dias com tempo mais seco são aqueles onde a quantidade de pólen estará ainda maior. Flavio esclarece que a quantidade de pólen é maior no início da manhã e no final da tarde. “Abrir a janela la pelas 9, 10 h da manhã e fechar a janela no finalzinho da tarde, essas seriam as medidas em um dia mais seco”, diz. Além disso, para quem tem alergias, frequentar parques de manhã cedo também não é o mais indicado.

Dentro de casa, o médico faz um alerta em relação aos pelos de animais que possam estar espalhados pela casa. Ademais, fungos e ácaros que vem da poeira também são grandes vilões domésticos para a alergia respiratória.

“Evite ambientes fechados, sempre abrir e ventilar, o armário deixar aberto também. Não usar cobertores que estão guardados há muito tempo”, sugere.

Para quem tem alergia quando há muita poeira, o especialista sugere o uso de aspirador de pó ao invés da vassoura. Um aspirador com filtro hepa também seria o mais indicado para quem tem alergias. No caso das crianças que contam com rinite, evitar bichos de pelúcia e cuidar de quem é alérgico aos animais também são recomendações médicas.

Vacina para alergias

Para quem sofre constantemente de alergias, existe o tratamento por meio da imunoterapia que pode ajudar no bem-estar do paciente. O Dr. Flavio destaca que esse tratamento serve como forma de combater as crises. No caso, é possível desenvolver a terapia para alergias comuns e causadoras da rinite, como por exemplo, alergia ao pólen. “Tem tratamento para cada uma”, diz o médico em relação as alergias. 

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