By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: BONDE NEWS – Imagem: Divulgação
As altas temperaturas exigem atenção redobrada com o coração, principalmente em cidades onde o calor é forte e seco.O aparelho cardiovascular é vulnerável e sensível à maioria das
variações de temperatura, principalmente quando as mudanças são bruscas.
Ricardo Pavanello, cardiologista do HCor, aponta que o aumento da temperatura tem ação vasodilatadora, ou seja, o diâmetro das artérias e veias aumenta, fazendo com que a resistência à passagem do sangue diminua.
Ricardo Pavanello, cardiologista do HCor, aponta que o aumento da temperatura tem ação vasodilatadora, ou seja, o diâmetro das artérias e veias aumenta, fazendo com que a resistência à passagem do sangue diminua.
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"De certa forma, isso facilita
o trabalho do coração, mas há um limite no qual essa dilatação passa a
ser muito intensa e a pressão cai. Quando isso acontece, a tendência é
que aumente o número de batimentos. Então, ele tem uma taquicardia
reflexa. Isso é indesejável e pode causar sintomas, tanto a taquicardia
como a hipotensão", explica.
Para os hipertensos, o calor é melhor que o frio, porque a ação vasodilatadora os protege parcialmente. Pavanello alerta, porém, que é uma situação de artificialidade: o ideal é que se faça um tratamento adequado e se tenha atenção com as alterações.
"Nesta circunstância, os sintomas se confundem. Uma tontura pode se confundir com alteração de pressão–neste caso, queda. Quem usa medicação vasodilatadora deve checar com frequência a pressão arterial e as condições clínicas para evitar que, na confusão de imaginar que esteja com pressão mais alta quando na verdade é o oposto, se use medicamento adicional, o que será desastroso", alerta Pavanello.
"Vai ter hipotensão sintomática, queda súbita da pressão arterial, síncope, desmaio. Isso pode acontecer na condução de um veículo, atravessando uma rua e com o idoso, que requer cuidado e atenção por ser muito sensível ao calor", diz o médico.
Outro problema é o aumento da espessura do sangue. "O engrossamento pode formar coágulos e causar o fechamento das artérias; na região do coração, o fechamento das artérias coronárias ocasionaria infarto e no cérebro, derrame" diz Marcelo Sampaio, cardiologista da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo.
Sampaio cita estudos que mostram que o calor pode, ainda, aumentar as taxas de colesterol e favorecer a formação de placas de gordura nas artérias.
Para os hipertensos, o calor é melhor que o frio, porque a ação vasodilatadora os protege parcialmente. Pavanello alerta, porém, que é uma situação de artificialidade: o ideal é que se faça um tratamento adequado e se tenha atenção com as alterações.
"Nesta circunstância, os sintomas se confundem. Uma tontura pode se confundir com alteração de pressão–neste caso, queda. Quem usa medicação vasodilatadora deve checar com frequência a pressão arterial e as condições clínicas para evitar que, na confusão de imaginar que esteja com pressão mais alta quando na verdade é o oposto, se use medicamento adicional, o que será desastroso", alerta Pavanello.
"Vai ter hipotensão sintomática, queda súbita da pressão arterial, síncope, desmaio. Isso pode acontecer na condução de um veículo, atravessando uma rua e com o idoso, que requer cuidado e atenção por ser muito sensível ao calor", diz o médico.
Outro problema é o aumento da espessura do sangue. "O engrossamento pode formar coágulos e causar o fechamento das artérias; na região do coração, o fechamento das artérias coronárias ocasionaria infarto e no cérebro, derrame" diz Marcelo Sampaio, cardiologista da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo.
Sampaio cita estudos que mostram que o calor pode, ainda, aumentar as taxas de colesterol e favorecer a formação de placas de gordura nas artérias.
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"O colesterol sofre flutuações pelo ano, porque o
organismo requer energia, seja para aumentar a temperatura no frio ou
esfriá-la quando está muito quente. Essa condição pode afetar o
metabolismo mesmo que a pessoa não consuma com frequência alimentos
ricos em gordura."
Segundo a SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia), as doenças cardiovasculares, afecções do coração e da circulação representam a principal causa de mortes no Brasil. São mais de 1.100 mortes por dia.
A atividade física é importante para a saúde do coração, mas o calor traz ressalvas. "Ainda há quem pense que transpirar emagrece e use roupas mais quentes na hora do exercício, o que só leva a perda de líquido e sais minerais", diz Cléa Colombo, presidente do grupo de cardiologia do esporte do Departamento de Ergometria, Exercício, Cardiologia Nuclear e Reabilitação Cardiovascular da SBC.
A perda de água e sais leva à queda da pressão e pode causar de desmaios a convulsões, derrames e arritmias fatais. A perda de sais pode desencadear confusão mental e culminar em coma cerebral.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda evitar exercícios intensos acima dos 30ºC.
Segundo a SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia), as doenças cardiovasculares, afecções do coração e da circulação representam a principal causa de mortes no Brasil. São mais de 1.100 mortes por dia.
A atividade física é importante para a saúde do coração, mas o calor traz ressalvas. "Ainda há quem pense que transpirar emagrece e use roupas mais quentes na hora do exercício, o que só leva a perda de líquido e sais minerais", diz Cléa Colombo, presidente do grupo de cardiologia do esporte do Departamento de Ergometria, Exercício, Cardiologia Nuclear e Reabilitação Cardiovascular da SBC.
A perda de água e sais leva à queda da pressão e pode causar de desmaios a convulsões, derrames e arritmias fatais. A perda de sais pode desencadear confusão mental e culminar em coma cerebral.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda evitar exercícios intensos acima dos 30ºC.
"Se for se exercitar, tenha atenção à reposição de líquido e sais
minerais; prefira exercícios de intensidade leve a moderada com pausa
para hidratação; use roupas leves e bonés ou outras barreiras que
diminuem o risco de aumentar a temperatura corporal", orienta Colombo.
"E nunca molhe o corpo, porque a pele úmida dificulta a transpiração. O
correto é secá-lo para equilibrar a temperatura."
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