By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: JORNAL EXTRA – Imagem: Divulgação
Um carregador de celular causou a morte de um
adolescente na cidade de Palmas, no Tocantins. João Vitor Domat Remus,
de 13 anos, morreu após ser eletrocutado enquanto retirava o acessório
da tomada. O acidente foi causado após o revestimento plástico se
soltar. Com isso, o jovem encostou na parte de metal, levando o choque
elétrico. João Vitor foi socorrido no Hospital Geral de Palmas Dr.
Francisco Ayres (HGP), onde ficou oito dias internado numa unidade de
tratamento intensivo (UTI), mas não resistiu e teve morte encefálica.
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A
família do adolescente decidiu doar os órgãos da vítima.
João
Vitor faleceu no dia 6 de agosto e foi sepultado no último sábado (8),
no Cemitério Campo da Esperança da Asa Sul, em Brasília. No registro, a
causa da morte consta como choque elétrico. Segundo a Polícia Civil do
Tocantins, o caso foi registrado na 1ª Delegacia Especializada de
Atendimento a Vulneráveis (DAV - Palmas) e "segue sob investigação para
que seja apurado se houve possíveis responsabilidades".
O
jovem era atleta de natação vinculado à Secretaria de Turismo e Lazer
do Distrito Federal, onde competiu pela última vez em maio de 2018 e
morou antes de ir para Palmas. A Secretarial estadual de Saúde do
Tocantins confirmou que o paciente recebeu atendimento no HGP, sem
informar a data da internação nem a circunstância da morte.
Em
nota, o Colégio Sigma, onde João Vitor estudava em Brasília antes de se
mudar para Palmas, lamentou o episódio: "É com muita dor que a
comunidade escolar manifesta seu profundo pesar pelo falecimento do
ex-aluno. Diretores, colaboradores, professores e colegas da escola se
solidarizam com a família. Nós optamos por não nos pronunciar em
respeito ao momento de sofrimento pelo qual a família está passando",
diz a nota enviada pela instituição de ensino.
Na
imagem que circula pelas redes sociais e em grupos de WhatsApp, o
carregador que causou o acidente não era da marca original do celular.
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O
especialista em prevenção de incêndios e consultor de emergências
Wesley Pinheiro diz que esse é um dos maiores riscos.
—
O uso excessivo do celular fez com que crescesse o mercado paralelo de
carregadores e baterias, não originais. Há um costume de comprar
materiais e acessórios de segunda linha, o que acaba aumentando o risco
que já existiria, em menores proporções, caso o carregador fosse
original. O grande vilão é o carregamento de bateria.
Assim como aconteceu com João Vitor, o consultor afirma que a maioria dos casos acontece com as crianças.
—
A parte de plástica funciona como um isolante. Os dois contatos que
transmitem a energia para o interior do equipamento ficaram expostos.
Nesse caso, o certo era desconectar o carregador segurando na parte de
plástico ou desligar o disjuntor antes de retirar da tomada, utilizando
algum material não condutor, como um alicante com cabo de borracha, por
exemplo. Encostar nos dois pinos é certeza de ser eletrocutado, o que
acabou acontecendo. Crianças e adolescentes acabam pensando menos, tendo
menos noção do perigo.
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