By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: RIC MAIS – Imagem: Divulgação
A decisão também coloca no banco dos réus o então tesoureiro da campanha de Alckmin em 2014, Marcos Monteiro, e o ex-assessor do governo Sebastião Eduardo Alves de Castro. Ambos teriam recebido os repasses ilegais da empreiteira em nome do tucano.
De acordo com o juiz eleitoral, o Ministério Público Eleitoral apresentou indícios suficientes de materialidade dos crimes supostamente cometidos pelo tucano.
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Entre as provas listadas pela Promotoria, no que ficou conhecido como ‘Lava Jato Eleitoral’,
estão depoimentos de delatores da Odebrecht, registros de pagamentos,
e-mails e planilhas com codinomes relacionados à Marcos Monteiro
(‘M&M’) e até mensagens trocadas por funcionários do doleiro Alvaro
José Gallies Novis, que teria operacionalizado o pagamento de R$ 9,3
milhões em propinas a Sebastião Alves de Castro, o ‘senhor Eduardo
Castro’.O cunhado do ex-governador, Adhemar Ribeiro, o ‘Belém’ do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, teria recebido R$ 2 milhões em 2010, mas o Ministério Público apontou que os crimes já prescreveram.
“Os depoimentos dos colaboradores e das testemunhas, somados aos elementos de corroboração acostados nos autos, em tese, perfazem conjunto de indícios, por ora, capaz de reforçar a convicção sobre o envolvido dos denunciados no complexo esquema de solicitação e recebimento de vantagens indevidas em razão de função política, omissão de dados à Justiça Eleitoral e lavagem de capitais, supostamente erigido para dissimular os fins ilícitos dos grupos políticos e empresariais apontados”, afirmou o juiz Marco Antonio Martin Vargas.
O magistrado também autorizou o compartilhamento dos autos da ação contra o tucano com a 9ª Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social de São Paulo, que move ação de improbidade administrativa contra Alckmin pelo mesmo episódio.
A defesa do ex-governador poderá apresentar defesa nos autos em até dez dias.
Denúncia contra Alckimin
De acordo com o Ministério Público Eleitoral, Alckmin recebeu R$ 2 milhões da Odebrecht em 2010 e R$ 9,3 milhões em 2014, quando disputou e se reelegeu governador de São Paulo. Uma semana antes da denúncia, a Polícia Federal indiciou o tucano no caso.
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O
primeiro repasse, em 2010, foi efetuado por intermédio de Adhemar
Ribeiro, cunhado do tucano. Os pagamentos teriam sido feitos ao
escritório de Ribeiro e apareciam nas planilhas do Departamento de
Operações Estruturadas sob o codinome ‘Belém’.Em 2014, o esquema teria contado com a participação do então tesoureiro de campanha Marcos Monteiro, que teria atuado ao lado da Odebrecht na autorização, planejamento e execução dos pagamentos da propina. Os repasses foram feitos em 11 parcelas, totalizando R$ 9,3 milhões, e entregues pela Transnacional, empresa do doleiro Alvaro Novis, ao ‘senhor Eduardo Castro’, o assessor Sebastião Eduardo Alves de Castro, conforme registram mensagens obtidas pelo Ministério Público.
O endereço de Sebastião Castro consta em diversas mensagens trocadas por funcionários do doleiro como local de entrega de propina. Além disso, os pagamentos foram lançados na planilha sob o codinome ‘M&M’, de Marcos Monteiro.
Até a publicação desta matéria, a reportagem não havia obtido contato com o ex-governador Geraldo Alckmin. O espaço permanece aberto a manifestações.
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