quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

Polícia procura dono de terreno onde menino foi atacado e morto por seis cães


By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 Imagem: Divulgação

A polícia procura o dono de um terreno em Americanópolis, na Zona Sul de São Paulo, onde um menino de dez anos foi atacado e morto por seis cachorros. Segundo vizinhos, no local funcionava uma garagem de ônibus que foi desativada há cerca de cinco anos.
O SP2 apurou que o terreno está registrado em nome da empresa Paratodos Construções, Empreendimentos e Participações Limitada. A sede da companhia fica em Moema, na Zona Sul. A reportagem foi até o local nesta quinta-feira (26), mas um funcionário da portaria informou que a empresa está em recesso e só deve reabrir na primeira semana de janeiro. 
Um homem que aparece como sócio e administrador da empresa não foi localizado em seu endereço residencial. 
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O corpo de Luiz Fernando Teixeira de Santana foi liberado pelo Instituto Médico Legal (IML) central durante a madrugada desta quinta-feira (26). Emocionado, o pai do garoto cobrou um posicionamento do dono do terreno e questionou a falta de placas avisando sobre a presença dos cães.
"Não tem placa de identificação de que consta animal no terreno. (...) Um filho maravilhoso, infelizmente aconteceu essa fatalidade e estou sem meu filhinho”, disse Manoel Luiz de Santana. O corpo do menino foi enterrado no Cemitério Campo Grande durante a tarde.
A diretoria de divisão de Vigilância de Zoonoses da Prefeitura também está atrás do responsável pelo terreno porque é necessária uma vistoria mais detalhada para avaliar se os cães sofriam maus tratos. 
Socorro
Edilson de Souza Raimundo, de 20 anos, foi quem chamou a polícia e tentou socorrer a criança. Ao pular no terreno, ele também foi mordido na perna.
"Falei para o pessoal: vamos entrar comigo todo mundo? Ninguém quis entrar. Aí peguei e fui na avenida ver se achava uma viatura. Encontrei uma, chamei os policiais e voltei para cá. Nesse tempo os cachorros largaram o menino e foram lá para o fundo, foi a hora que decidi entrar para pegar ele. Aí eles voltaram. Eu tentei sair correndo, mas eles pegaram na minha perna. Foi a hora que o policial chegou e deu o tiro no cachorro". 
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O rapaz foi socorrido no Hospital Municipal Dr Arthur Ribeiro de Sabóia. Após receber curativos, tomou vacina antitetânica e foi liberado.
Antes de a polícia chegar, moradores tentaram, sem sucesso, afastar os cães com paus e pedras. Quando a polícia chegou, atirou para afastar os cães.
Durante o atendimento à criança, os cachorros tentaram atacar novamente. Os policiais atiraram. Dois animais foram sacrificados e um terceiro ficou ferido. Três ficaram acuados no canil dentro do imóvel. 
A polícia disse que não encontrou nenhum dos responsáveis pelo terreno. A diretoria de divisão de Vigilância de Zoonoses da Prefeitura da capital informou que mandou uma equipe para resgatar os animais. E que o proprietário pode ser multado se forem confirmados os maus-tratos.
No terreno, não há avisos de que havia cães ferozes.  
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