sábado, 28 de setembro de 2019

MP-PR acusa Beto Richa, outras 11 pessoas e 6 empresas de improbidade administrativa em licitação para obras na PR-323


By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1/PR Imagem: RPC

O ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB), outras 11 pessoas e seis empresas foram acusados pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) de improbidade administrativa envolvendo a licitação para obras na PR-323, entre Maringá e Francisco Alves, nas regiões norte e noroeste do estado.
A ação civil pública, proposta na quinta-feira (26), também pede o bloqueio liminar de bens de parte dos acusados. O maior pedido, de R$ 27,3 milhões, é contra o ex-governador. A defesa dele diz desconhecer os fatos. 
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Conforme o MP-PR, a ação tem como base investigações da força-tarefa da Lava Jato na Operação Piloto. Houve o compartilhamento de informações e provas obtidas pelo Ministério Público Federal (MPF). Richa e outras seis pessoas são réus em processo dessa operação na Justiça Federal.
Entre os acusados pelo MP-PR, estão o ex-chefe de gabinete do ex-governador, Deonilson Roldo, o irmão de Beto e ex-secretário de Infraestrutura e Logística, Pepe Richa, além de outras pessoas e empresas ligadas ao grupo político do ex-governador. 
Para os promotores, o grupo atuou para fraudar a licitação para a duplicação da PR-323, em um contrato de mais de R$ 7 bilhões. A intenção, segundo a investigação, era de favorecer o consórcio liderado pela Odebrecht. A obra não saiu do papel.
Segundo os investigadores, em 2014, Roldo sugeriu a um empresário que entrasse na licitação apenas para dar um ar de legalidade à fraude. Conforme o MP-PR, ele prometeu recompensar o empresário em outros negócios. A conversa foi gravada.
Um dos delatores da Odebrecht relacionou o contrato da obra da PR-323 ao repasse de R$ 2,5 milhões, via caixa dois, para a campanha de reeleição de Richa.
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De acordo com os promotores, os acusados transgrediram o princípio da moralidade administrativa visando conferir aparência legal a uma concessão direcionada, sustentada em um esquema espúrio de propina.
O que dizem os citados
A defesa do ex-governador e do irmão dele, Pepe Richa, afirmou que "desconhece absolutamente os fatos e lamenta profundamente ser informada pela imprensa" e que irá se manifestar nos autos do processo.
O G1 tenta localizar a defesa de Deonilson Roldo. Ele ainda não tem advogado constituído no processo. 
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