sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

Policiais de Mallet resgatam ciclista que caiu da ponte sobre o Rio Potinga


By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: RADIO NAJUA Imagem: Rádio Studio W

Policiais militares resgataram um ciclista que caiu da ponte sobre o Rio Potinga, no fim da noite de segunda-feira (28). Por telefone, eles foram avisados do acidente que aconteceu nas proximidades do acesso à empresa SEPAC, na Vila Caroline.
Os soldados Bielak e Marcelo Zaboroski foram até o local e ouviram os pedidos de socorro. Ao descerem até a margem do rio, os policiais observaram que a vítima estava agarrada a uma pedra e corria risco de ser levado pela correnteza e se afogar. Além disso, o homem possuía um ferimento no rosto causado pela queda da ponte.
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Conforme os policiais, o morador começou a gritar, pois não tinha mais forças para segurar a pedra. Além disso, a correnteza estava puxando a vítima. Diante das circunstâncias, os soldados decidiram entrar no rio.Eles conduziram o homem até a margem do Potinga, em um local seguro.
Lá, ele aguardou a chegada dos bombeiros comunitários, que concluíram o resgate. Com o barranco íngreme, foi necessário utilizar uma corda para resgatá-lo. Depois disso, a vítima foi içada até o topo próximo da ponte. As equipes de resgate ainda precisaram cortar alguns fios de arame farpado para levá-lo até a ambulância, que o conduziu até o hospital São Pedro.
A bicicleta da vítima foi encontrada perto da cabeceira da ponte. Ela foi retirada do rio e deixada com os agentes da Defesa Civil.
Os policiais que realizaram o salvamento contaram detalhes da ocorrência ao repórter da Rádio Studio W, Valdir Wladika.
De início, pelo fato de o solicitante não querer se identificar, a PM chegou a suspeitar que fosse um trote. Mesmo assim, o procedimento adotado foi de ir até o local conferir a situação.
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Segundo Zaboroski, foi seu colega, soldado Bielak, quem localizou a vítima, com o auxílio de uma lanterna e orientado pelos gritos de socorro.
“Chegamos ao local e, enquanto o Zaboroski estacionava a viatura, eu procurei em cima da ponte e na lateral, com a lanterna, e não consegui. Só escutava os gritos dele, pedindo socorro, de dentro da água. Tive que passar uma cerca e descer um barranco. Ele dizia que estava sem forças, quase se afogando. Foi o momento em que falei para o Zaboroski chamar a Defesa Civil, pois a situação era crítica e consegui visualizar que ele estava com sangue na face”, relata o soldado Bielak.
“Enquanto o soldado Zaboroski acionava a Defesa Civil, já fui me desequipando, porque, naquela situação, ele poderia ser levado pela correnteza a qualquer momento. O Zaboroski também veio rapidamente, se desequipou e, para evitar um mal maior, antes mesmo de a Defesa Civil chegar. Resolvemos entrar na água e, com certo esforço, conseguimos pegar o seu Hélio [da Silva] e trazê-lo até a margem, mas como era um local de difícil acesso, um barranco muito íngreme, não conseguimos tirá-lo da beira do rio até o asfalto. Quando chegou a Defesa Civil, com o auxílio de uma corda, conseguimos içá-lo”, comenta.
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Zaboroski afirma que a decisão de entrar na água para resgatar o morador precisou ser imediata, pois a vítima não tinha mais recursos para esperar a Defesa Civil, por estar desgastado por enfrentar a força da correnteza e não ter um ponto de apoio seguro.
“Fomos movidos pela emoção, ao ver uma pessoa clamando por sua vida. Não tínhamos condições de dizer não”, concorda Bielak. “Foi gratificante, pois vimos que ele está bem, no hospital. Mais uma missão cumprida”, acrescenta.
O morador Hélio da Silva, que sofreu o acidente, relata que caiu da ponte ao tentar desviar de um caminhão, que ele não percebeu que se aproximava, porque transitava com luzes baixas. “Não sei quem foi o filho de Deus que passou em cima [da ponte] e viu, me ouviu gritar por socorro. Decerto passou a pé ou de bicicleta e viu”, conta.
Silva afirma que estava a ponto de desistir quando os policiais chegaram para resgatá-lo. “Já estava largando mão, porque não aguentava mais. Olha como estão meus braços. Eu fiquei abraçado a uma pedra e a água estava me levando. É triste. Dei graça quando vi o giroflex lá em cima da ponte e pensei ‘agora estou salvo’”, desabafa.
“Para subir [o barranco], já não podia mudar os passos, porque congelou todos os ossos”, diz. Silva conta, ainda, que sentia o corpo dolorido por causa do tempo que permaneceu se debatendo dentro da água lutando por sua vida, mas acredita que, dentro de cinco dias, já esteja totalmente recuperado.
“Fazia mais de duas horas que eu estava dentro do rio, por isso que eu não aguentava mais segurar, pois estava já perdendo a força. Esses homens são de Deus. Foi Deus quem os pôs ali. Não sei quem ligou para eles, que eles vieram”, diz, emocionado.


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