By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: BANDA B – Imagem:Divulgação
O soldado da Polícia Militar (PM) que atirou contra doiscolegas militares, em Ivaiporã, no Norte do Paraná, dentro da 6ª Companhia
Independente de Polícia Militar (PM), na manhã deste domingo (2 ), não tinha
problemas psicológicos aparentes e poder ter sido motivado por uma vingança.
Dos dois alvos dele, o subtenente Luiz Antonio Abba morreu na hora e o soldado
Robson Alves Medina chegou a ser internado em estado gravíssimo, mas não
resistiu e morreu no hospital. O policial que efetuou os disparos – Lucas Santos Araújo
– foi morto na troca de tiros por outros militares.
De acordo com informações da CIPM,
a situação aconteceu durante a troca de serviço. Os dois policiais vítimas
foram atingidos quando o soldado Santos se preparava para assumir o plantão.
Segundo inquéritos internos apurados depois do crime, o autor do atentado tinha
comportamento antissocial e já respondia por procedimentos administrativos.
Apesar deste comportamento
antissocial, o capitão Boing, responsável pelo batalhão, afirmou que o soldado
não apresentava problemas psicológicos aparentes.
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“Nós não temos registro de
problemas psicológicos e a família dele disse o mesmo. Inclusive, quando ele
saiu para trabalhar ontem não tinha tido em casa um comportamento diferente.
Por isso, vamos ter que ouvir todas as testemunhas para tentar entender o que aconteceu”,
descreveu.
O capitão confirmou ainda que o
subtenente alvo de Santos era encarregado de investigar um procedimento interno
chamado de Formulário de Apuração de Transgressão Disciplinar (FATD), em que o
soldado era o autor. No entanto, ainda não há como afirmar a motivação dos
disparos.
“Existia sim procedimentos internos
que é algo natural dentro da corporação, em que foi aplicada uma pena branda
para ele. O subtenente foi o responsável pelo procedimento, mas não pela
punição. Só que isso aconteceu há mais de um mês. É prematuro fazer uma
avaliação”, concluiu Boing.
Nota
A Polícia Militar do Paraná soltou
uma nota oficial lamentando profundamente a perda dos policiais e o decreto de
três dias de luto.
“Oramos a Deus que conforte os
corações destas famílias neste momento que é muito doloroso e triste. A PM está
consternada com a perda destes irmãos de farda e com a dor dos familiares, por
isso peço a proteção de Deus a todos os integrantes desta Corporação, que
diariamente dedicam suas vidas em prol da comunidade, para que situações como
esta não voltem a acontecer. Que Deus continue a nos iluminar nesta caminhada
árdua em defesa da sociedade”, pede a Comandante-Geral da PM, coronel Audilene
Rosa de Paula Dias Rocha.
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O Subcomandante-Geral da PM,
coronel Arildo Luis Dias, também lamenta a tragédia. “Independente das
circunstâncias que envolvam os fatos que levaram às mortes destes policiais, o
que dói para nós militares estaduais é a perda de irmãos de farda,
principalmente em uma situação desta complexidade”, lamentou. “Este é um fato
isolado e não faremos juízo de valor sobre a ocorrência, aguardaremos os
devidos trâmites legais, ou seja, faremos os levantamentos necessários para
saber qual foi a motivação, e como se deram os fatos que resultaram nesta
tragédia que abateu nossa Corporação”, disse.
Logo após o ocorrido, a PM
instaurou um Inquérito Policial Militar (IPM) que vai apurar as circunstâncias
do fato, bem como a motivação, entre outras questões pertinentes. “Todos os
policiais presentes no local serão ouvidos, as armas e viatura utilizadas
recolhidas para perícias e outros procedimentos adotados a fim de esclarecer
esta tragédia. A Polícia Científica também esteve no local para os
procedimentos cabíveis”, afirmou o tenente-coronel Luiz Roberto Costa,
Comandante do 2º Comando Regional de Polícia Militar (2º CRPM).
O Subtenente tinha 26 anos de
corporação (ingressou em 1991) e 51 anos de idade, era pastor evangélico,
casado e deixa esposa e duas filhas adultas. Já o soldado Medina, ingressou na
Corporação em 2016, tinha 36 anos de idade e dois de Corporação. Ele era
casado, deixa esposa e duas crianças.
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O soldado Santos, por sua vez,
ingressou na PM em 2016, tinha dois anos de Corporação, 26 anos de idade, era
casado e não tinha filhos. De acordo com informações da 6ª Companhia
Independente, não possuía em seu histórico registro de transtornos psicológicos
e nem de atestado médico, mas respondeu a dois procedimentos disciplinares
internos recentemente.
Desde o Comando-Geral, passando
pelo 2º Comando Regional da PM até o Comando da 6ª CIPM, todos estão consternados
com o fato. “É lamentável ter que lidar com uma situação trágica entre irmãos
de farda, algo sem precedentes, que choca toda a sociedade, mas Deus está acima
de tudo. A Polícia Militar dará toda a assistência, que estiver ao alcance, às
famílias dos policiais militares”, explicou. “O Comandante da 6ª CIPM está
pessoalmente, com equipes policiais, acompanhando as famílias e os
procedimentos”, conta o tenente-coronel Roberto.
O Comandante do 2º CRPM sintetizou
o trágico evento com a mensagem do livro de Eclesiastes, no capítulo 3, que
fala acerca do tempo para cada propósito, seja o tempo para nascer, o tempo
para morrer, o tempo de chorar, de rir e de prantear. Informações de velório e
sepultamento serão repassadas em momento oportuno”, finaliza a nota da PMPR.
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