terça-feira, 4 de setembro de 2018

Soldado da PM que atirou em dois colegas não tinha problemas psicológicos, diz capitão



By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: BANDA B Imagem:Divulgação

O soldado da Polícia Militar (PM) que atirou contra doiscolegas militares, em Ivaiporã, no Norte do Paraná, dentro da 6ª Companhia Independente de Polícia Militar (PM), na manhã deste domingo (2 ), não tinha problemas psicológicos aparentes e poder ter sido motivado por uma vingança. Dos dois alvos dele, o subtenente Luiz Antonio Abba morreu na hora e o soldado Robson Alves Medina chegou a ser internado em estado gravíssimo, mas não resistiu e morreu no hospital. O policial que efetuou os disparos – Lucas Santos Araújo – foi morto na troca de tiros por outros militares.
De acordo com informações da CIPM, a situação aconteceu durante a troca de serviço. Os dois policiais vítimas foram atingidos quando o soldado Santos se preparava para assumir o plantão. Segundo inquéritos internos apurados depois do crime, o autor do atentado tinha comportamento antissocial e já respondia por procedimentos administrativos.
Apesar deste comportamento antissocial, o capitão Boing, responsável pelo batalhão, afirmou que o soldado não apresentava problemas psicológicos aparentes.
Continua depois da publicidade 
“Nós não temos registro de problemas psicológicos e a família dele disse o mesmo. Inclusive, quando ele saiu para trabalhar ontem não tinha tido em casa um comportamento diferente. Por isso, vamos ter que ouvir todas as testemunhas para tentar entender o que aconteceu”, descreveu.
O capitão confirmou ainda que o subtenente alvo de Santos era encarregado de investigar um procedimento interno chamado de Formulário de Apuração de Transgressão Disciplinar (FATD), em que o soldado era o autor. No entanto, ainda não há como afirmar a motivação dos disparos.
“Existia sim procedimentos internos que é algo natural dentro da corporação, em que foi aplicada uma pena branda para ele. O subtenente foi o responsável pelo procedimento, mas não pela punição. Só que isso aconteceu há mais de um mês. É prematuro fazer uma avaliação”, concluiu Boing.
Nota
A Polícia Militar do Paraná soltou uma nota oficial lamentando profundamente a perda dos policiais e o decreto de três dias de luto.
“Oramos a Deus que conforte os corações destas famílias neste momento que é muito doloroso e triste. A PM está consternada com a perda destes irmãos de farda e com a dor dos familiares, por isso peço a proteção de Deus a todos os integrantes desta Corporação, que diariamente dedicam suas vidas em prol da comunidade, para que situações como esta não voltem a acontecer. Que Deus continue a nos iluminar nesta caminhada árdua em defesa da sociedade”, pede a Comandante-Geral da PM, coronel Audilene Rosa de Paula Dias Rocha.
Continua depois da publicidade
 
O Subcomandante-Geral da PM, coronel Arildo Luis Dias, também lamenta a tragédia. “Independente das circunstâncias que envolvam os fatos que levaram às mortes destes policiais, o que dói para nós militares estaduais é a perda de irmãos de farda, principalmente em uma situação desta complexidade”, lamentou. “Este é um fato isolado e não faremos juízo de valor sobre a ocorrência, aguardaremos os devidos trâmites legais, ou seja, faremos os levantamentos necessários para saber qual foi a motivação, e como se deram os fatos que resultaram nesta tragédia que abateu nossa Corporação”, disse.
Logo após o ocorrido, a PM instaurou um Inquérito Policial Militar (IPM) que vai apurar as circunstâncias do fato, bem como a motivação, entre outras questões pertinentes. “Todos os policiais presentes no local serão ouvidos, as armas e viatura utilizadas recolhidas para perícias e outros procedimentos adotados a fim de esclarecer esta tragédia. A Polícia Científica também esteve no local para os procedimentos cabíveis”, afirmou o tenente-coronel Luiz Roberto Costa, Comandante do 2º Comando Regional de Polícia Militar (2º CRPM).
O Subtenente tinha 26 anos de corporação (ingressou em 1991) e 51 anos de idade, era pastor evangélico, casado e deixa esposa e duas filhas adultas. Já o soldado Medina, ingressou na Corporação em 2016, tinha 36 anos de idade e dois de Corporação. Ele era casado, deixa esposa e duas crianças.
Continua depois da publicidade
O soldado Santos, por sua vez, ingressou na PM em 2016, tinha dois anos de Corporação, 26 anos de idade, era casado e não tinha filhos. De acordo com informações da 6ª Companhia Independente, não possuía em seu histórico registro de transtornos psicológicos e nem de atestado médico, mas respondeu a dois procedimentos disciplinares internos recentemente.
Desde o Comando-Geral, passando pelo 2º Comando Regional da PM até o Comando da 6ª CIPM, todos estão consternados com o fato. “É lamentável ter que lidar com uma situação trágica entre irmãos de farda, algo sem precedentes, que choca toda a sociedade, mas Deus está acima de tudo. A Polícia Militar dará toda a assistência, que estiver ao alcance, às famílias dos policiais militares”, explicou. “O Comandante da 6ª CIPM está pessoalmente, com equipes policiais, acompanhando as famílias e os procedimentos”, conta o tenente-coronel Roberto.
O Comandante do 2º CRPM sintetizou o trágico evento com a mensagem do livro de Eclesiastes, no capítulo 3, que fala acerca do tempo para cada propósito, seja o tempo para nascer, o tempo para morrer, o tempo de chorar, de rir e de prantear. Informações de velório e sepultamento serão repassadas em momento oportuno”, finaliza a nota da PMPR.

OS COMENTÁRIOS NÃO SÃO DE RESPONSABILIDADES DO INTERVALO DA NOTICIAS. OS COMENTÁRIOS IRÃO PARA ANALISE E SÓ SERÃO PUBLICADOS SE TIVEREM OS NOMES COMPLETOS.
FOTOS PODERÃO SER USADAS MEDIANTE AUTORIZAÇÃO OU CITAR A FONTE

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.