quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Rodrigo Janot aponta esquema entre Lula e Collor envolvendo a Petrobras



By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 Imagem: Divulgação

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou num parecer que o ex-presidente Lula deu ao senador Fernando Collor poder para atuar na BR-Distribuidora em troca de apoio ao governo no Congresso e que uma organização criminosa foi criada dentro da empresa para desviar dinheiro público.
As afirmações do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, fazem parte da denúncia contra o deputado federal Vander Loubet, do PT de Mato Grosso do Sul. Ele é acusado  de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e de fazer  parte de uma organização criminosa. Para os investigadores, Loubet usou dinheiro desviado da BR Distribuidora para pagar dívidas de campanha eleitoral.
As informações foram divulgadas na quarta-feira (13) pelos jornais Folha de S.Paulo e O Globo. A TV Globo teve acesso ao documento.
Rodrigo Janot diz que, em troca de apoio à base governista no Congresso, Collor obteve do então presidente da República a "ascendência" sobre a BR Distribuidora. Segundo os investigadores, em contrapartida, eram favorecidas empresas apontadas por collor e por seu operador particular, Pedro Paulo Leoni Ramos.
Pedro Paulo é ex-ministro do governo Collor e citado várias vezes na denúncia. De acordo com o procurador-geral da República, ele cobrava uma espécie de pedágio das empresas que tinham interesse em fechar negócios com a BR Distribuidora. Pelo menos quatro empresas teriam participado do esquema e pago propina.
O procurador diz que Pedro Paulo tinha liberdade para implementar o esquema criminoso na BR Distribuidora, inclusive atuando em diretorias indicadas pelo PT. Entre elas a de Nestor Cerveró, que foi para a diretoria financeira da BR Distribuidora depois que deixou a área internacional da Petrobras.
Em delação premiada, Cerveró afirmou que por ter viabilizado a contratação da empresa Schahin como operadora da sonda Vitória 10 mil, ainda quando era diretor da área internacional da Petrobras, havia um sentimento de gratidão em relação a ele.
A contratação, afirmou Cerveró, tinha por objetivo viabilizar o pagamento de um empréstimo do PT junto ao banco Schahin e que, em reconhecimento, o então presidente Lula decidiu indicá-lo para a diretoria da BR-Distribuidora.
O senador Fernando Collor disse que não é acusado na denúncia, não é parte do processo, e que não vai comentar o que chamou de "especulações de Rodrigo Janot".
O deputado Vander Loubet afirmou que só vai se manifestar depois de ter acesso à denúncia.
A BR-Distribuidora, o Partido dos Trabalhadores e Pedro Paulo Leoni Ramos não quiseram comentar.
Em nota, o Instituto Lula reafirmou que o ex-presidente não tem relação com os fatos descritos pelo procurador e que tanto assim não é parte dessa ação penal. Segundo a nota, Lula já esclareceu em depoimento à Polícia Federal que nunca teve relação pessoal com Nestor Cerveró, muito menos gratidão, e que desconhece supostos benefícios que estão sendo investigados.

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